Texto: Thaís Melo*
Com a primeira pessoa da fila tendo chegado às 5:40 da manhã, aconteceram no dia 14 de agosto as inscrições para as oficinas do Centro de Arte e Cultura (CAC). As atividades são organizadas pelo Centro desde sua criação em 2009 e são totalmente gratuitas. Segundo a equipe do CAC foram 877 inscrições nos cursos disponibilizadas pela ação extensionista.
Nem todos conseguiram efetivar sua inscrição, devido a grande procura pelas atividades, mas isso só ratificou o quão significativo é o impacto do Centro de Arte e Cultura na rotina de muitas pessoas. Foram ofertadas vagas para 22 oficinas e o atendimento teve início às 10h e término às 17h. Acolhendo a todos, as aulas são ministradas por alunos da própria universidade e estão disponíveis durante toda a semana, em diversos horários.
As aulas são oferecidas para pessoas de todas as idades. Aos 49 anos, Gizele Vidal, estudante de Licenciatura em Educação do Campo já fez aulas de canto, lira acrobática e dança contemporânea. Agora se inscreveu para ter aulas de teatro. Segundo a aluna ter novas experiências é indispensável. “Eu sou curiosa e acho fundamental o saber. Se você não busca o saber, o aprender, o conhecer e o fazer, a vida não vale a pena.” explicou a aluna.
Gizele Vidal também falou sobre a relevância das oficinas como momentos de relaxamento para os universitários. “A vida acadêmica é muito cansativa. Então, fazer uma atividade lúdica ou cultural acaba distraindo e relaxando um pouco nos momentos de estresse no semestre. Faz bem para a mente.” disse a aluna.
Já para os alunos que acabam de ingressar na universidade, tudo é uma novidade. É o caso de Thiago da Silva, aluno do primeiro período do curso de Licenciatura em Matemática. Sem contato prévio com nenhum dos instrumentos, o aluno veio pensando em aprender piano, mas ficou satisfeito ao se inscrever para as oficinas de teclado e bateria. Ele destacou a gratuidade dos cursos. “Acho essencial porque muitas pessoas querem aprender e não tem condições financeiras, mas aqui, por ser de graça, fica acessível para todos.”, ressaltou.
Lívia Rodrigues, aluna de Letras, é veterana quando o assunto são oficinas do CAC. Ela já fez dança, forró, samba e lira acrobática. E agora se inscreveu para a oficina de tecido e falou sobre a importância das atividades para a disseminação da cultura na região. “Essa iniciativa ajuda na questão cultural aqui da cidade e também todas as atividades culturais abrem
a nossa mente, a gente tem novas experiências e isso é muito bom. Serve para ampliar conhecimentos, principalmente aqui em Seropédica que não tem muito acesso a esse tipo de atividade cultural.”, disse a aluna.
A estudante também falou sobre sua experiência nas outras oficinas. “Eu gostei muito de todas as aulas que já fiz, mas a dança foi revolucionária, mudou muito a minha vida na forma de enxergar a arte e de lidar com as coisas da vida, hoje eu levo tudo de forma mais leve.” Já sobre suas expectativas para a oficina de tecido a aluna comentou que será uma experiência nova e servirá para ele superar seus medos, pois a ideia de ficar pendurada a assusta.
Um ponto ainda delicado para as atividades do CAC é a participação da comunidade de Seropédica. O aluno do segundo período de Jornalismo, Pedro Henrique Cabo, inscrito em Dança Contemporânea, comentou sobre este tema. “Eu acho que é sempre bem-vindo quando temos arte e cultura de forma acessível, é uma ótima oportunidade.” disse o futuro jornalista. Ele também ressaltou que ficaria mais feliz em ver maior participação dos moradores de Seropédica. Embora ainda exista certa dificuldade de alcançar a população local, as oficinas estão cada vez mais acessíveis para a comunidade.
O sucesso tende a aumentar, pois, a partir da primeira semana de setembro, mais 7 oficinas serão criadas e novas vagas serão oferecidas. O que mostra como esse programa da Pró-reitoria de Extensão (o CAC) está dando certo e atende um maior número de pessoas.
*Comunicação Proext