O Salão Nobre do Pavilhão Central (P1), do câmpus Seropédica, recebeu a oficina “Criação Artística” nesta terça-feira (15/10). O evento foi coordenado pelo professor de Belas Artes, Renato Alvim, e contou com a participação em peso dos alunos do curso. A atividade fez parte da programação da 21ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A oficina oferecia pastel oleoso e carvão como materiais para os participantes.
Segundo o professor, a proposta da oficina era que os integrantes pudessem ter uma experiência voltada para o “ato criador”, e não se preocupassem com o nível de desempenho exigido durante as avaliações em sala. Para ele, o resultado foi, em alguns casos, até acima do esperado: “Eu acho que muita coisa saiu dentro do esperado, mas o melhor é que muitas outras saíram além do que eu estava esperando. Essas surpresas é que fazem a oficina ter tido êxito, ao meu ver”, destacou Renato.
A liberdade para explorar novas experiências sem preocupações com a disciplina foi um tema abordado também por Melissa Trugillo, estudante de Belas Artes da UFRRJ: “Tanto na sala de aula, quanto aqui na oficina, nós temos oportunidade de experimentar. Mas acredito que na oficina a gente fica menos preso à questão da avaliação”, disse Melissa, que já tinha experiências artísticas antes mesmo de ingressar no curso.
Ela completou explicando a importância dos ensinamentos teóricos durante o curso para a concretização da prática artística: “Não tem como ter prática sem ter referências, é impossível. Se você cria algo, você viveu o suficiente para ter referências e criar aquilo. Quando a gente tem a possibilidade de ter trabalhos práticos ou poder experimentar aqui, a gente está, de certa forma, olhando para nossas referências, tanto de autores e obras, quanto de nossas vivências”.
Na mesma linha de raciocínio, o professor Renato Alvim também destacou a importância dos conceitos para a aplicação na prática: “O fenômeno artístico é baseado na prática, mas tem seus fundamentos. Não é uma coisa que se faz de maneira aleatória.”, afirmou.
No meio de inúmeros estudantes de Belas Artes, um outro participante da oficina se destacava. Benício Zão Rezende, de 10 anos, dava seus primeiros traços com pastel oleoso e carvão. Com um sorriso no rosto, ele relatou suas descobertas no meio artístico: “Só agora que eu consegui perceber a diferença entre o pastel oleoso e o giz de cera, que, para mim, são praticamente idênticos. Eu também sabia que dava para pintar com carvão mas nunca tinha experimentado”.
Apesar de não se lembrar com quantos anos começou a desenhar e isso ser a coisa que mais gosta de fazer, Benício diz que ainda é muito novo e que não sabe se quer se especializar na área no futuro: “Eu tô deixando para frente, tem muito tempo ainda.”
A mãe de Benício, Gilmara dos Santos Zão, o acompanhava e disse que sempre busca incentivar o lado artístico do filho, e destacou a importância da arte para o desenvolvimento infantil. “Hoje as pessoas não estão valorizando muito a arte, né? Então, toda vez que tem um evento desse na Rural, eu faço questão de trazer ele para que ele tenha contato porque isso é muito importante para as crianças hoje em dia”, disse a servidora pública.
Texto e imagens: Matheus Gomes Felinto – estudante de Jornalismo da UFRRJ.
Orientação: Alessandra de Carvalho – professora do curso de Jornalismo.
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