Em se tratando de recursos financeiros e patrimônio público, é necessário responsabilidade. Ciente disso, Eliel Zery Ramos Junior, do Núcleo de Tecnologia da Rede Institucional (NUTRI) da UFRRJ, faz um alerta sobre o uso dos nobreak. O aparelho fica, na maioria das vezes, acoplado aos computadores e funciona como uma reserva de energia em caso de necessidade. Ele garante um tempo a mais para que as tarefas sejam concluídas quando há interrupções de energia.
Devido à utilização inadequada do nobreak, a Universidade Rural tem gastos que podem ser reduzidos. Grande parte dos funcionários, por falta de orientação, não desliga o aparelho quando falta energia elétrica, ocasionando o descarregamento da bateria do nobreak. Quando isso acontece, as pessoas desfazem do mesmo ou levam para o setor de manutenção.
– Faltou energia, é para encerrar o que está fazendo, desligar o computador, desligar o nobreak e esperar a luz voltar. Não dá para continuar o que está fazendo por quinze minutos ou meia hora, pois a bateria do nobreak pode descarregar. E o aparelho não consegue interpretar que a bateria está descarregada. Ele só interpreta que não tem uma bateria. A bateria tem que fornecer 12 volts. Se fornecer 9 volts, não faz funcionar nada no nobreak. Ele não consegue se estabelecer. E as pessoas ficam achando que ele não funciona mais – explica Eliel Junior.
A bateria de um nobreak custa em média R$ 60. O valor de um aparelho novo sai por volta de R$ 300. A Universidade tem gastos que podem ser evitados e é preciso tomar novas atitudes para que eles não aconteçam.
O setor de manutenção da UFRRJ está sobrecarregado e há poucos funcionários para atender a todas as demandas. Alguns nobreaks acabam não sendo consertados porque os computadores da Universidade são prioridade do núcleo, já que o preço de custo e a necessidade de uso são maiores.
– Não é para tirar o nobreak da tomada. Se no dia seguinte você precisar usar a bateria, pode não ter carga no começo do dia. E caso existam nobreaks esperando para serem usados em algum setor, é para alguém deixar ligado sempre na tomada – conta Eliel Junior.
Orçamento
Para o setor de manutenção arrumar os equipamentos é preciso fazer um orçamento que não ultrapasse o valor reajustado. Os computadores, por exemplo, depreciam-se 20% ao ano. Logo, ele tem uma vida útil estimada de cinco anos. O aparelho que já tiver ultrapassado 50% do valor não vale a pena ser consertado.
Por Natália Loyola/CCS