O espetáculo, vinculado ao Museu da Vida, está em cartaz por todo o país há mais de oito anos e aborda temas como saúde, preconceito e prevenção do vírus HIV
“Onde eu cheguei, está chegado. Se agrade, se quiser. Onde eu cheguei, está chegado. Se não gosta de mim, dê no pé”.
A canção do cantor e compositor Riachão abre a peça teatral “O Rapaz da Rabeca e a Moça Rebeca” que, além dessa, faz muitas outras referências à música popular brasileira. Produzido pelo Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o show trouxe toda a sua irreverência e bugigangas coloridas para o jardim do Pavilhão Central (P1), câmpus Seropédica, na quarta-feira (18/10). A obra é inspirada no cordel de José Mapurunga e visa conscientizar o público sobre a Aids e a importância do uso da camisinha.
A rabeca é um instrumento musical semelhante ao violino, típico da região Nordeste do país, muito utilizado em ritmos musicais como forró e piseiro e Rebeca, o nome de uma das protagonistas da peça, que nutre um amor proibido por João Tapeba. O pai da protagonista, que não vê o relacionamento com bons olhos, a impede de namorar João e o expulsa da cidade de Cantiguba-dos-Aflitos. O jovem de família pobre e sonhador decide viajar pelo mundo com sua rabeca e se torna um artista famoso, mas sempre ansiando por retornar à sua terra natal e aos braços de sua amada. A história mistura o drama shakespeariano com o charme e o dialeto nordestino, oferecendo uma abordagem lúdica e divertida sobre a importância da prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), com destaque para o uso de métodos contraceptivos e as ferramentas de checagem e tratamento do vírus HIV.
Essa iniciativa faz parte do circuito de atividades da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia da Fiocruz, em parceria com a Rede de Educação Popular da Baixada Fluminense. Segundo William Matheus, produtor da peça, a aproximação para a realização do evento ocorreu por meio do Instituto Multidisciplinar (IM), no câmpus Nova Iguaçu da UFRRJ. A parceria previa uma troca de atividades educativas, então, a Rural apresentou na sexta-feira (20/10), no polo da Fiocruz em Manguinhos, as atividades intituladas “Descobrindo a Ciência Através da Química” e “O Olhar Individual Sobre o Espaço Observado”. Essa troca de conhecimentos, que tem muito a ver com o tema escolhido para a SNCT 2023, joga luz, mais uma vez, para a importância de se estabelecer diálogo com outras instituições de ensino e pesquisa, em favor da democratização da ciência e da educação.
Acompanhe a cobertura da SNCT na UFRRJ no site: http://snct.im.ufrrj.br
Por Nicole Lopes (texto) e Isabela Soares (fotos), da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/UFRRJ).
Edição: Michelle Carneiro, CCS/UFRRJ.