Desenvolver uma rede de conhecimentos globais e ampliar relações entre diferentes países são fatores que tornam estudos completos e ricos. Neste sentido, cooperações técnicas internacionais entre universidades é uma antiga e bem sucedida forma de aprimorar a extensão universitária. Desde 2017, a UFRRJ possui um termo de cooperação com a Duke University – por meio do qual um segundo convênio foi assinado na quarta-feira, dia 19 de junho. Há alguns anos as partes envolvidas trabalham em pesquisas acerca da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Considerado um brasilianista – acadêmico, professor, autor ou pesquisador especializado em temas referentes ao Brasil – há mais de 20 anos, quando passou a estudar mais a fundo o nordeste brasileiro, o professor John French possui uma série de estudos acerca da Baixada Fluminense. “Vivendo e estudando aqui, agora eu tenho um conhecimento muito maior sobre a diversidade local. A expansão da Universidade em Seropédica e em Nova Iguaçu são fatores importantíssimos para reverter o que se vê de negativo sobre a região”, destacou o doutor French.
Companheiro de longa data de pesquisas com French, o professor Alexandre Fortes salientou os sucessivos resultados positivos da parceria. “Desde a obtenção de recursos, eles começaram a trazer grupos de alunos e nesse processo, nós também levamos docentes, discentes e técnicos da rural para conhecer e apresentar os resultados dessa pesquisa compartilhada”. Juntos desde a implantação do Instituto Multidisciplinar (IM), Fortes e French voltaram à Nova Iguaçu, onde no auditório do prédio da Pós-Graduação do IM-UFRRJ, compartilharam a apresentação do projeto “Culture, Activism and Education for Citizenship in Brazil & the U.S” – https://sites.duke.edu/project_duke_baixada_project/people/
Pela primeira vez no câmpus sede da UFRRJ, a professora Gladys Mitchell-Walthourf acompanhou os alunos Prince Rivers, Ronni Butts e Zaria Hanchell. O grupo de pesquisadores, atualmente, trabalha as transformações em relação à política, religião e educação na Baixada Fluminense. “Experiências assim são importantes para aprender mais sobre as universidades e sobre os projetos dos professores locais, também para estabelecer troca de ideias entre os estudantes”, salientou Gladys.
Entre os jovens estudantes, a percepção foi de uma superação de expectativas por estar no Brasil. Ronni disse agora entender o porquê de tantos professores desenvolverem pesquisas sobre o país. Zaria valorizou a cultura e comparou o estudo das questões raciais com os EUA, enquanto Prince ressaltou o Brasil para além do samba, do futebol e das praias.
Texto e Fotos: Rafael Gutierrez, bolsista de Jornalismo da CCS
Edição e publicação: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ.