A UFRRJ foi sede, no mês passado, da Plenária Livre de Pesca Artesanal da Região Sudeste. O evento reuniu, tanto de forma online quanto presencial, membros de comunidades pesqueiras, representantes do setor público, pesquisadores e integrantes da sociedade civil.
Realizada em 21 de março no Salão Azul, Pavilhão Central do câmpus Seropédica, a plenária teve como objetivo a escuta ativa das demandas locais, com a finalidade de elaborar uma carta de propostas que será apresentada na plenária nacional ainda este ano. Esse documento contribuirá para o Plano Nacional da Pesca Artesanal (PNPA), fortalecendo essa prática econômica e cultural no país. Além da elaboração da carta, também foram eleitos Sérgio Ricardo, representante da Associação dos Pescadores e Lavradores da Ilha da Madeira(Aplim), como delegado; e Cláudio Brigido, do Movimento Social Baía Viva, como suplente para o encontro nacional.
A carta produzida durante o evento teve como resultado final a criação de propostas que cobrem sete eixos temáticos, buscando propostas de soluções para demandas que vão desde a economia da sociobiodiversidade até a cultura e identidade pesqueira artesanal. Dessa forma, a promoção de direitos e a importância da atividade foram reafirmadas.
Entre os apoiadores estão: Conselho Pastoral da Pesca (CPP); Movimento das Pescadoras e Pescadores Artesanais (MPA); Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (Confrem); Fórum de Pescadores em Defesa da Baía de Sepetiba; Colegiado Territorial da Baía da Ilha Grande (Colegiado BIG); Reitoria da UFRRJ; Casa da Agricultura, Sustentabilidade, Territórios e Educação Popular (Caste/UFRRJ); Programa de Ensino, Pesquisa, Extensão e Desenvolvimento Territorial (PEPEDT/UFRRJ); Projeto Papesca (Nides/UFRJ); Observatório Socioambiental da Baía de Sepetiba (OS-Sepetiba); Associação dos Docentes da UFRRJ (Adur) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRRJ (Sintur-RJ).
O engajamento e dedicação destas representações em relação à pesca, aos ambientes marinhos e costeiros, além da extensão universitária, foram essenciais para consolidar um compromisso coletivo com a valorização e defesa da pesca artesanal do estado do Rio de Janeiro, promovendo a inclusão e o reconhecimento da importância dessa atividade para a sociedade.
A realização da Plenária Livre da Pesca Artesanal do Rio de Janeiro foi possível graças ao apoio fundamental destas organizações, além de especialistas, líderes comunitários, pescadoras e pescadores e demais parceiros comprometidos com a causa da pesca artesanal, que se inscreveram e contribuíram com a construção coletiva da plenária como delegadas e delegados. A participação ativa desses apoiadores não apenas fortaleceu as discussões, mas também garantiu que as propostas refletissem as reais necessidades das comunidades envolvidas.
Nesse contexto, o projeto Pescantar desempenhou um papel fundamental no apoio à realização do evento, realizando a ponte institucional com a Universidade Rural e os demais parceiros que apoiaram essa iniciativa, oferecendo suporte às atividades. O Pescantar é uma iniciativa do Ministério da Pesca e Aquicultura, em parceria com a UFRRJ, por meio do programa Saberes das Águas. O projeto tem sua atuação junto às comunidades pesqueiras da Lagoa de Araruama e da Costa Verde, com o propósito de promover a troca de conhecimentos entre a academia e os saberes tradicionais das comunidades, além de contribuir para a retomada e o fortalecimento da Política Nacional de Extensão Pesqueira.
Texto e fotografias: PEPEDT/UFRRJ
Revisão e edição: CCS/UFRRJ