A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), por meio de sua Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), promoveu, em 26 de junho de 2025, uma audiência pública sobre sua Política de Comunicação. O evento foi realizado no Auditório Hilton Salles, câmpus Seropédica, e teve como objetivo apresentar à comunidade universitária a minuta produzida pelo Grupo de Trabalho (GT) e os principais conceitos do documento, que vai orientar os processos de comunicação da instituição.
A proposta é promover o diálogo e a construção coletiva de uma política de comunicação alinhada com as necessidades da instituição e da sociedade. Assim, o texto inicial – elaborado pelo GT com contribuições das pró-reitorias acadêmicas – ficará aberto a críticas e/ou sugestões da comunidade, que pode participar da consulta pública online até 26 de agosto.
Para contribuir, acesse o formulário em https://abre.ai/m4dN
Leia a minuta da Política de Comunicação em https://abre.ai/m4fd
Assista à audiência pública na íntegra no canal da UFRRJ no YouTube: https://abre.ai/m4dO
A mesa da audiência pública teve a participação do vice-reitor César Da Ros, da coordenadora de Comunicação Fernanda Barbosa e da professora de Jornalismo Alessandra de Carvalho. A mediação foi realizada pela coordenadora substituta de Comunicação Michelle Carneiro.
“Quero ressaltar aqui a importância deste momento. Pela primeira vez a Rural vai ter uma política de comunicação, com diretrizes claras para o processo comunicativo em nossa instituição”, disse o vice-reitor. “O documento foi muito bem redigido, com conceitos bem fundamentados e definição do papel dos agentes de comunicação. Temos de ter consciência que, para além do papel especializado da CCS, a comunicação institucional é responsabilidade de todos nós.”
Presidente do GT, a jornalista Fernanda Barbosa fez um histórico do atual processo, que teve início com a criação do grupo de trabalho instituído pela Portaria 1.233 (Gabinete da Reitoria), de março de 2024. A partir daí, foram realizadas 23 reuniões, uma das quais com membros das pró-reitorias acadêmicas – Graduação (Prograd); Extensão (Proext); e Pesquisa e Pós-Graduação (Prograd) – que deram suas contribuições ao documento.
“Composto por docentes e servidores técnicos jornalistas, o GT procurou ressaltar os aspectos-chave de uma comunicação pública plural, inclusiva e potente”, observou a coordenadora da CCS.
Para chegar até o momento da audiência pública, o GT fez uma pesquisa de base, partindo da tese de doutorado da professora Cristiane Venancio (Jornalismo/UFRRJ), que investigou as políticas de comunicação no âmbito das instituições federais de ensino superior brasileiras. O grupo também analisou os processos de universidades que já haviam aprovado suas políticas, selecionando algumas delas como modelo. Depois da escrita dos capítulos e reunião com os pró-reitores para aprovação prévia, a minuta está sendo apresentada agora para receber a contribuição da comunidade por dois meses.
“Faremos as possíveis alterações a partir dessas contribuições e, então, vamos submeter o texto final ao Conselho Universitário (Consu)”, explicou Fernanda Barbosa.
O professor Da Ros salientou que a construção da política de comunicação é “resultado de um acúmulo histórico”, reconhecendo o papel desempenhado por gestões anteriores da comunicação. Nesse sentido, Da Ros saudou a presença, na plateia, da servidora técnica Teresinha Pacielo, bibliotecária-documentalista que coordenou a então Assessoria de Comunicação (Ascom) entre 2005 e 2013. Além disso, fez referência à transformação ocorrida a partir da criação da graduação de Jornalismo (2010) e ao trabalho das ex-coordenadoras Cristiane Venancio (2013-2016; 2022-2023) e Alessandra de Carvalho (2017-2022), docentes do curso e atuais integrantes do GT da Política de Comunicação.
Em consonância com a fala de Da Ros sobre os antecedentes históricos, a professora Alessandra de Carvalho fez referência a um processo iniciado em 2011, ainda na gestão de Teresinha Pacielo, quando o curso de Jornalismo e a Ascom iniciaram um diálogo que tinha como objetivo pensar no futuro da comunicação na Universidade. Naquela ocasião, a criação de uma política já havia sido apontada como meta estratégica.
Agora, anos depois das primeiras reflexões e ações, a concretização da Política de Comunicação da UFRRJ está mais próxima, com abertura para a contribuição coletiva e plural.
“É muito importante que a comunidade participe, pois a comunicação pública pressupõe esse diálogo democrático”, acrescentou Alessandra de Carvalho.
“Ter uma política de comunicação desenvolvida é um passo muito grande. Fico muito feliz de estar sendo concretizada em minha gestão, sob condução da CCS. Nosso papel de ensino, pesquisa e extensão na região precisa ser visibilizado; e a comunicação é fundamental para isso.”
Reitor Roberto Rodrigues
“O que estamos fazendo aqui hoje é mais do que a apresentação de uma proposta de Política de Comunicação, é a oportunidade de exercício de cidadania, é o fomento ao debate público, da liberdade de pensamento e de expressão. Sobretudo, é a oportunidade de que a democracia se fortaleça através da comunicação pública. Portanto, é primordial que toda a comunidade acadêmica participe e dê suas contribuições.”
Fernanda Barbosa, coordenadora de Comunicação e presidente do Grupo de Trabalho da Política de Comunicação da UFRRJ
“Meu sentimento é de profunda alegria ao ver que a comunicação organizacional da Rural nunca parou de evoluir. Os processos podem ser lentos, a estrutura limitada, mas a construção tanto das filosofias como das atividades sempre caminhou bem. Graças à Administração Central da Universidade, que tem entendido o quanto a comunicação é estratégica para a gestão. E, principalmente, graças aos jornalistas e técnicos da CCS, que têm compreendido a importância da Política de Comunicação para os fluxos comunicacionais.”
Cristiane Venancio, professora do curso de Jornalismo, ex-coordenadora de Comunicação e integrante do GT
“Acredito que já está mais do que na hora de termos um documento que reúne conceitos e orientações sobre a comunicação institucional. Nesses anos todos, a Universidade foi construindo um ‘maior conhecimento’ sobre si após a expansão de cursos e de pessoal. A Comissão de comunicadores organizou o texto, a minuta da Política, mas precisamos que a comunidade participe e contribua com sua avaliação e ideias para a finalização do documento, antes de seguir para as instâncias deliberativas.”
Alessandra de Carvalho, professora do curso de Jornalismo, ex-coordenadora de Comunicação e integrante do GT
“Por meio do período de consulta pública, esperamos que a comunidade universitária possa se envolver mais diretamente na elaboração da Política de Comunicação da UFRRJ, a fim de que o documento final seja fruto de construção coletiva e reflita toda a potência e diversidade de nossa Universidade.”
Michelle Carneiro, coordenadora substituta de Comunicação e integrante do GT
“Estou muito feliz com este momento, pois a Política de Comunicação é um passo importantíssimo para a Universidade que busca uma comunicação eficaz, transparente e alinhada com seus objetivos e valores.”
Teresinha Pacielo, servidora técnica da Biblioteca Central e ex-coordenadora de Comunicação da UFRRJ
“Não temos como falar em integridade pública sem controle social. E controle social vem por meio da transparência e da comunicação. Portanto, é fundamental que tenhamos uma comunicação facilitada para a compreensão de todos.”
Ana Beatriz Paz, coordenadora do Núcleo de Governança de Integridade da UFRRJ
“É fundamental o trabalho desenvolvido hoje pela CCS, buscando regulamentar a Política de Comunicação. Sua implementação permitirá manter a transparência das informações, seguindo um padrão institucional. Assim, é importante que a comunidade universitária participe da consulta online, uma vez que ela é uma das principais envolvidas na produção e circulação das informações que fazem parte do seu dia a dia.”
Denis Carvalho, assistente em Administração da Auditoria Interna da UFRRJ
Texto: João Henrique Oliveira (CCS/UFRRJ)
Fotos: Miriam Braz (CCS/UFRRJ)