Alunos do curso de Jornalismo da UFRRJ participaram do 10º Prêmio Santander Jovem Jornalista – uma oportunidade de ouro para entrar em contato com profissionais renomados do mercado, conhecer trabalhos produzidos em vários estados brasileiros, acessar múltiplos olhares sobre assuntos diversos, trocar conhecimento com alunos de outras universidades e praticar jornalismo. O evento aconteceu entre os dias 20 e 23 de outubro, e contou com palestras e oficinas.
No primeiro dia, os participantes receberam o tema da reportagem que teriam que produzir para concorrer ao prêmio. Por ser uma edição comemorativa, a administração decidiu que seria sorteado um dos temas das nove edições anteriores. Os alunos tiveram entre os dias 20 e 28 de outubro para refletir sobre o tema “Tecnologia transforma a Educação”, procurar fontes que falassem sobre o assunto e produzir uma reportagem interessante e completa em termos de informação.
Para concorrer era preciso respeitar algumas regras, como participar de todos os dias do evento, não fugir do tema e respeitar o número de caracteres.
A aluna concluinte Michele Corrêa escreveu sobre um projeto de uma universidade do Rio Grande do Sul que desenvolveu jogos educativos para crianças em tratamentos oncológicos. O projeto é aplicado numa ONG e tem resultados positivos. Gabriela Maia buscou saber como a tecnologia é utilizada nas favelas cariocas para que os moradores e alunos tenham uma melhor qualidade de ensino. E o discente Luis Henrick Teixeira falou obre o Portal Recontando, que transforma o jornalismo para linguagem infantil.
O Prêmio Santander Jovem Jornalista tem parceria com o jornal O Estado de São Paulo, da cidade de São Paulo, onde ocorreu o evento.
─ A gente não teve apenas contato com jornal impresso, mas acesso aos profissionais de design, audiovisual, rádio e outros campos do jornalismo. A gente teve também a oportunidade de visitar a redação do Estadão e saber como funciona o trabalho deles. O evento tinha o objetivo de fazer o aluno perceber o que realmente é a profissão que quer exercer. Eu saí com brilho nos olhos ─ conta Luis Henrick Teixeira.
Os três alunos da Universidade Rural participaram dos quatro dias e conseguiram participar do concurso. Dois deles, Michele Corrêa e Luis Henrick, viram-se encantados com um dos trabalhos apresentados pelos palestrantes ─ “As quatro estações de Iracema e Dirceu”, obra audiovisual de Ângela Bastos. A jornalista viveu durante dois anos com uma família catarinense com o objetivo de mostrar que a miséria em Santa Catarina não está erradicada.
Além do aprendizado técnico que tiveram durante os dias do evento, os alunos da UFRRJ perceberam que tinham muito para contribuir naquele ambiente. O curso de Jornalismo da Rural é recente. Sua primeira turma, que entrou em março de 2010, formou-se no ano passado.
─ Quando a gente entra em contato com alunos de outras universidades, percebemos que o Jornalismo da Rural tem conteúdo. Nossos alunos estão inovando constantemente, dando opiniões, são críticos, sabem perguntar e estão preparados para o mercado de trabalho, mesmo com nossas carências estruturais. A gente tem muito conhecimento humano. E isso não é fácil de aprender. A gente tem algo mais difícil. E esse é o nosso diferencial – orgulha-se Luis Henrick Teixeira.
Os alunos da UFRRJ trouxeram as experiências vividas em São Paulo para dentro do ambiente acadêmico da Universidade, e estimulam os colegas a participaram da próxima edição.
─ Eu estarei lá ano que vem, com certeza. A experiência em poder ter aprendido tanto com excelentes profissionais do Estadão é algo que me fez ter esperanças no jornalismo – comenta Gabriela Maia.
O resultado do Prêmio Santander Jovem Jornalista sai na primeira semana de dezembro.
Por Natália Loyola/CCS