A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), participou do estudo científico ‘Geographic accessibility to hospital childbirths in Brazil (2010–2011 and 2018–2019): a cross-sectional study’, publicado na The Lancet Regional Health – Americas.
Desenvolvido por Wagner de Souza Tassinari, professor do Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas da UFRRJ; Priscila Costa Albuquerque, Juliana Freitas Lopes, Fabio Zicker e Bruna de Paula Fonseca, pesquisadores do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz); e Lucas Lopes Felipe, do Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGI) do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o artigo mostra que o percentual de mulheres que precisou sair do seu município de origem para dar à luz em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em cidades vizinhas vem crescendo ao longo dos anos.
“Analisamos a acessibilidade geográfica ao parto hospitalar no Brasil ao longo de uma década, evidenciando desigualdades regionais no acesso aos serviços de saúde materna no Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica Tassinari, responsável pela realização das análises estatísticas do estudo.
De acordo com Tassinari, as análises possibilitaram a avaliação das disparidades geográficas e a identificação de tendências no acesso aos serviços obstétricos. Entre as principais conclusões, destacam-se o aumento da distância e do tempo de deslocamento de gestantes até hospitais, com impactos na mortalidade materna e neonatal, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do país.
Os resultados do estudo têm sido amplamente divulgados na imprensa nacional, incluindo reportagens na Agência Fiocruz de Notícias, na Agência Cidades, na Agência Brasil e no Jornal da TV Vitória.
“A divulgação da pesquisa reforça a importância do debate público sobre a formulação de estratégias para garantir melhor acesso das gestantes aos serviços de saúde no Brasil. Além disso, a Universidade reafirma seu compromisso com a pesquisa de relevância social e com a produção de conhecimento que contribua para a formulação de políticas públicas voltadas à equidade na saúde”, conclui o docente.
O artigo científico está disponível para leitura aqui.