O objetivo da criação deste primeiro seminário é sistematizar as pesquisas com foco no estado do Rio de Janeiro produzidas nas instituições que fazem parte do Friperj – UFRJ, Uerj, UFF, UFRRJ, Unirio, Uenf, Colégio Pedro II, Cefet-RJ, IFRJ e IFF. “A importância desses seminários é darmos esse pontapé inicial de uma pesquisa permanente de construção de proposições a partir da academia para o desenvolvimento do Estado, e isso é uma perspectiva de médio e longo prazo. Nós iniciamos agora com essa sistematização das pesquisas, esperamos ter resultados muito positivos para dois, três, quatro, cinco anos à frente, inclusive, pautando o desenvolvimento do Estado a partir dessas proposições”, reiterou o reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Roberto Rodrigues.
A mesa de abertura teve início com discursos voltados para a importância de se pensar o desenvolvimento regional do Rio de Janeiro aliado ao histórico desenvolvimento nacional, no qual o Estado teve papel fundamental durante décadas. As falas dos reitores que fazem parte do Friperj também foram no sentido de ressaltar a importância da melhoria da situação orçamentária das universidades e dos institutos federais de ensino do Rio de Janeiro para o impulsionamento de pesquisas e estudos que tenham o Estado como objeto central.
“Nós entendemos a importância desse seminário que propõe pensar o Rio de Janeiro em um momento bastante ímpar, porque estamos presentes em diversos municípios do Estado. Temos pesquisas e resultados que impactam todas essas regiões do Estado, e é importante que a gente se reúna e traga essas propostas para o público e que a gente também receba contribuições de outros parceiros que estão fora das Universidades e que ajudem a gente a pensar o Rio, e que a gente possa trazer soluções para os desafios que o Estado enfrenta”, ressaltou a reitora da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Rosana Rodrigues.
Apoio político
Outro ponto importante entre os discursos foi a necessidade do apoio político ao projeto de desenvolvimento educacional, econômico e social do Estado do Rio de Janeiro. “Para problemas complexos existem muitas soluções simples que não funcionam. O que nós precisamos é de soluções complexas para problemas complexos e só vamos alcançar isso com o apoio político às universidades”, discursou o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antonio Claudio Nóbrega.
A mesa de abertura também contou com discursos de deputados, alunos de pós-graduação que vão participar da apresentação dos seminários ao longo da semana, e de autoridades do cenário econômico, político e de inovação do Estado do Rio de Janeiro.
“Esse evento é importantíssimo porque quando a gente fala em desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro, esse desenvolvimento precisa passar pela pesquisa e pela ciência. Então a gente está aqui reunindo as universidades do Estado do Rio de Janeiro, um local de muita densidade de institutos de pesquisa, de centros de pesquisa, de universidades, de colégios técnicos”, disse a deputada estadual e presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Elika Takimoto.
“Eu acho que o Rio de Janeiro é um espaço que tem que ser muito refletido porque tem especificidades locais e espaciais. Foi capital durante muito tempo e esses estudos são muito necessários para a gente voltar a coordenar uma nova política de desenvolvimento para o estado”, afirmou a professora do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, Fabiana Izaga.
O I Seminário de Estudos sobre o Estado do Rio de Janeiro (I SEERJ) vai acontecer junto com o III Seminário de Economia Fluminense (III SEF). O evento recebeu cerca de 140 trabalhos inscritos em 12 áreas de pesquisas diferentes e reunirá 33 sessões temáticas. Para além de focar no desenvolvimento regional do Rio de Janeiro, os seminários visam aproximar os pesquisadores das universidades e unir estudos de diferentes áreas.
Os seminários acontecerão nas salas do próprio Cefet, no câmpus Maracanã até a próxima quarta-feira (27/11) e é aberto ao público.
Texto e fotos: Matheus Mendonça, bolsista da Coordenadoria de Comunicação Social da UFRRJ
Publicação e edição: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ