Entre os dias 04 e 06 de setembro de 2024, 47 membros da comunidade petiana da UFRRJ participaram do Sudeste PET 2024, congresso regional do programa, que ocorreu no campus Goiabeiras da Ufes, em Vitória (ES). Estiveram presentes representantes de sete dos 14 grupos existentes na universidade: Etnopet, Pet Medicina Veterinária, PET Engenharia Florestal, Pet Dimensões da Linguagem, PET Educação do Campo, PET Matemática e PET Engenharia Química.
Com cerca de 10 trabalhos aprovados para apresentação em sessões coordenadas, os estudantes e docentes tiveram ainda a possibilidade de participar de atividades culturais, reuniões setoriais de tutores e da comunidade discente, oficinas, grupos de trabalho temáticos e assembleia deliberativa.
Visões do encontro
Para o docente Alexandre Carvalho, tutor do grupo PET Etnodesenvolvimento, um dos organizadores da viagem, a ida ao evento representou um recomeço, um “retorno à presencialidade”, já que, desde a pandemia da covid-2019, não havia encontros presenciais do programa. Apesar das vagas limitadas para todas as instituições, para ele o saldo foi positivo. “Existia uma saudade, uma vontade muito grande de um encontro presencial. Essa presencialidade foi de suma importância, já que o programa PET tem muita vida. Esse sentimento, através de uma tela de computador, fica muito difícil”, explica.
Vale destacar que o último Sudeste PET presencial aconteceu, em 2019, na nossa universidade, a UFRRJ, no campus Seropédica. Na ocasião, os 14 grupos PET da Rural organizaram um encontro de quatro dias para cerca de 600 participantes da região. As edições posteriores foram todas exclusivamente remotas, organizadas respectivamente pela UFU-MG (2020/2022) e Unesp -SP (2021). No ano passado, o evento não foi realizado.
Já o estudante Davi Franco Tavares, 22 anos, integrante do grupo PET Matemática e Meio Ambiente, afirmou ter tido uma experiência única no encontro e ter sentido muito orgulho de ter representado a Rural durante o Sudeste PET. “Quando eu entrei para a graduação eu nunca imaginei viajar para um outro estado em nome da universidade, como um representante dela (…). Conhecer estudantes universitários de outros estados e ver como funciona os outros grupos me fez perceber a diversidade dos PET pelo Sudeste e entender como o estado influencia a organização do trabalho”, explicou entusiasmado.
Ramoffly Bicalho, tutor do grupo PET Educação do Campo, veterano do programa (2013-2018/ 2021 até então), contou que a participação no congresso foi muito proveitosa. O que ele mais achou interessante no evento foram os grupos de trabalho (GDTs), que discutiram questões específicas do funcionamento do programa PET no país, além das oficinas. A comida do bandejão da universidade, para ele, foi também uma atração à parte e não deixou a desejar, sendo o momento das refeições um espaço de grande sociabilidade e troca entre os participantes.
Já para a discente Yasmin Aleixo Ribeiro, 24 anos, atuante há dois anos no grupo PET Floresta, a ida ao evento lhe fez perceber que o programa é muito maior do que achava. “Saber que existem diversos outros grupos PET com as mais variadas atividades, trocar experiências e também entender como o programa funciona para além da universidade, em outras esferas, é bem interessante de ver”, relata.
Percepção semelhante teve a graduanda Anna Lúcia Moraes Franco, 24 anos, há quase três ativa no grupo PET Engenharia Química. “Pela primeira vez participei do Sudeste PET e foi muito especial. O encontro me chamou atenção para a potência do programa, e lembrarei sempre com carinho da experiência de ter representado o meu grupo, sobretudo na apresentação de trabalhos”, comenta.
Silas Sena e Gabrielly Braga, do grupo PET Dimensões da Linguagem há quase três anos, notaram o valor da troca de experiências entre os grupos PET locais e outras instituições. Para eles, o evento foi marcado por discussões abertas, nas quais os estudantes compartilharam práticas pedagógicas e culturais. “Foi interessante, por exemplo, ver as diversas práticas de outros grupos. Fiquei surpreso com as conversas que tive com o PET ProdCult Conexões de Saberes do IFRJ de Nilópolis, que está ativamente contribuindo para as políticas culturais da Baixada Fluminense!“, comentou Silas.