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UFRRJ lança curso autoinstrucional em EJA no Sistema Prisional

A proposta dialoga com práticas pedagógicas humanizadoras

O que é a educação nas prisões? Qual a responsabilidade de educadores e policiais penais na garantia do direito à educação? Esses debates farão parte do Curso de Formação Continuada em Educação de Jovens e Adultos em Prisões, que é aberto ao público e terá início no dia 9 de dezembro. Com carga horária de 80h, a formação dialoga com a realidade do sistema prisional e com a Educação Popular.

Oferecido pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), por meio da Coordenadoria de Educação a Distância (CEaD/UFRRJ), o curso visa ampliar o alcance, qualidade e engajamento de professores e profissionais da execução penal. O programa dialoga na garantia de direitos educacionais e na qualificação das ações formativas.

A capacitação adota o formato autoinstrucional, com atividades assíncronas através do Portal de Formação Mais Professores (https://www.gov.br/mec/pt-br/mais-professores), do Ministério da Educação (MEC), e do canal do curso no YouTube (https://www.youtube.com/@Eduprisoes). Recursos didáticos como textos expositivos, vídeos de apresentação e materiais complementares também farão parte da formação. 

“Por meio da articulação entre professores e policiais penais, trabalhamos a ideia de que a educação dentro das unidades prisionais não é um privilégio, mas sim um direito. É fundamental trabalharmos as limitações, os impasses e os desafios da EJA na prisão”, comentou a coordenadora-geral da capacitação, Fabiana Rodrigues.

Fabiana explica que o curso está diretamente ligado ao Programa de Formação de Professores, do Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O objetivo principal é, portanto, fomentar práticas pedagógicas humanizadoras, que respeitem a dignidade, a diversidade e o potencial dos educandos privados de liberdade.

A proposta formativa será dividida em quatro módulos de 20h: Educação em situação de prisão; Educação em prisões: ressocialização ou redução de danos?; Limitações, impasses e desafios da EJA em situação de prisão; e Articulação entre professores e policiais penais; experiências de educação escolar, não escolar, cultural e profissional.

Preparação para a formação 

Em novembro, a Rural coordenou a Capacitação de Formadores Regionais do Curso EJA no Sistema Prisional para que seus participantes atuassem como agentes multiplicadores do Curso de Formação Continuada em Educação de Jovens e Adultos em Prisões.

“A ideia foi incentivar que cada aluno, no seu território ou estado, mobilizasse e engajasse professores e policiais penais para essa formação principal”, disse a professora do Departamento de Educação e Sociedade da Rural.

Esse curso foi elaborado para formadores regionais, professores da EJA, policiais penais, gestores da educação e da segurança, educadores populares e equipes pedagógicas que atuam com EJA em situação de prisão.

Texto: Lidiane Nóbrega, assistente de comunicação da Coordenadoria de Educação a Distância (CEaD/UFRRJ).

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