A Sociedade Nacional de Agricultura é uma entidade de utilidade pública, fundada em 1897, no Rio de Janeiro, com finalidades educacionais e voltada para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. A celebração do Memorando de Entendimentos com a UFRRJ, nesta última quarta-feira (06/03), tem como objetivo realizar iniciativas voltadas ao apoio tecnológico mútuo para o desenvolvimento de produtos oriundos da biodiversidade brasileira. Almeja-se, com isso, a ampliação das pesquisas nas áreas do agronegócio e da biodiversidade.
“O Memorando de Entendimentos é um documento que a Universidade firma previamente quando a Instituição tem interesse numa parceria de projetos futuros com outra instituição”, explica Ana Cristina, do Núcleo de Acordos de Cooperação da Coordenadoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais da UFRRJ.
O presidente da SNA, Antonio Alvarenga, e o reitor da UFRRJ, professor Roberto Rodrigues, assinaram o documento na sede da sociedade, no centro do Rio de Janeiro.
Tradição unida à Tecnologia: SNA abriga uma incubadora de startups
A parceria com a SNA pode ir além das pesquisas nas áreas do agronegócio e da biodiversidade. Isso porque a sede da instituição abriga uma incubadora de startups. Segundo o site da instituição, “o SNASH é um ecossistema de inovação focado no Agro, Bioeconomia e Sustentabilidade e tem como missão conectar startups, grandes empresas, investidores, governo e institutos de pesquisa para impulsionar a inovação, desenvolver soluções e alavancar seus negócios”.
Convidado para conhecer o espaço, o reitor Roberto Rodrigues ressaltou que a Agência de Inovação da UFRRJ pode iniciar um diálogo com o SNASH/SNA para, no futuro, firmar projetos e estreitar laços com a incubadora.
Leonardo Alvarenga, à frente do hub de startups, explica sobre a abrangência dos projetos que ali ganham vida. “Temos o agro, mas também biotecnologia, meio ambiente, sustentabilidade, economia do mar, economia azul, energia renovável, fintechs de modo geral, saúde, educação. Então temos agro e setores correlatos também, como logística, que tem tudo a ver com agro, ciência de dados que também pode ter correlação com o agro”, explica Alvarenga.
No espaço, alguns jovens trabalhavam em seus projetos, entre eles, Gabriel Lysias, que conduz uma startup de produção de bioplásticos. Lysias mostrou um copo produzido a partir da semente do açaí. “É compostável, não tem nada tóxico, nada petroquímico e, em até 154 dias, vira adubo para o solo”, explica.
Também ocupando um dos espaços do hub de startups está a BioHop, que tem sede na UFRRJ e é a primeira biofábrica voltada exclusivamente para a produção de mudas de lúpulo no país e única a disponibilizar serviços de eliminação de patógenos. A ideia é que mais empresas como ela ocupem o espaço e façam parte deste ecossistema.
Na cerimônia de assinatura do Memorando de Entendimentos também estiveram presentes Ana Cristina Oliveira, da Coordenadoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais da UFRRJ; Christianne Perali, coordenadora-geral dos cursos superiores de Tecnologia da SNA Digital; Daniela Grechi, analista do Ministério Público Federal em Caxias do Sul (RS); Érica Guerra, docente do ITR/UFFRJ; Fernanda Barbosa, coordenadora de Comunicação Social da UFRRJ; Frederico Grechi, diretor técnico da SNA; Hélio Sirimarco, vice-presidente da SNA; Leonardo Alvarenga, CEO do Snash/SNA; Rui Otávio Andrade, diretor da SNA Digital; Sylvia Wachsner, diretora do CI Orgânicos da SNA; Thomas Tosta de Sá, diretor da SNA; e Luiz Octavio Pires Leal, membro da Academia Nacional de Medicina Veterinária, formado pela UFRRJ.
Texto e Fotos: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ