Conheça o RecLibras, uma plataforma aberta, pública, inovadora e gratuita
Pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) desenvolveram um repositório para Língua Brasileira de Sinais (Libras) voltado para ciências. Chamada de Repositório Científico de Libras (RecLibras), a plataforma funciona como centralizadora de conhecimentos em Libras para termos científicos, o que promoverá a inclusão de estudantes surdos. A ferramenta permitirá identificar quais sinais já foram criados para certas grandezas e avaliar quais são mais adequados, além de detectar quais são os conceitos que ainda não dispõem de sinais.
A ideia é criar uma comunidade virtual que permita a troca de informações entre os diversos atores envolvidos com a Educação. Professores, por exemplo, poderão cadastrar sinais em Libras que serão usados em suas aulas. Intérpretes terão uma fonte de consulta que facilitará sua ação, enquanto a comunidade surda poderá participar ativamente do processo de validação dos sinais disponíveis na plataforma. O projeto foi idealizado pelos docentes da UFRRJ Frederico Cruz, do Departamento de Física, e Sérgio Serra, do Departamento de Computação, com apoio de Ana Carla Ziner, do Departamento de Letras e Comunicação.
“O aspecto mais importante do RecLibras é o fato de ser um repositório aberto no qual qualquer pessoa poderá cadastrar um sinal e este não ficará restrito a ações de um grupo específico”, explica o professor Frederico Cruz, que realiza periodicamente, desde 2009, um workshop para discutir as possibilidades do ensino inclusivo da Física, bem como das demais disciplinas científicas, nos diferentes níveis e modalidades de formação.
Entenda como funciona a plataforma
RecLibras é um repositório de dados que abriga sinais em Libras e seus meta descritores, com interfaces web bem simplificadas para reduzir o esforço de utilização por parte dos usuários. Trata-se de uma plataforma aberta, pública, inovadora e gratuita que opera na nuvem de computadores da Amazon Web Services (AWS), por isso é escalável e suporta múltiplos usuários.
“A plataforma não apenas disponibiliza os sinais em vídeo, mas também suas descrições em signwriting [um sistema de escrita das línguas gestuais] e em Língua Portuguesa, além de oferecer ligações a recursos da web de dados, como ao conteúdo acadêmico/científico subjacente ao termo”, explica o professor Sérgio Serra. Tal funcionalidade permite que o aluno surdo aprenda o termo em Libras, ao mesmo tempo em que acessa materiais em português.
Os usuários da plataforma possuem perfis distintos: o perfil pesquisador permite cadastrar vídeos de sinais em Libras para um termo específico; o moderador é responsável por avaliar a legitimidade e a acurácia dos sinais cadastrados; já o administrador é responsável por definir os vídeos termos para que eles apareçam para o usuário final.
O catálogo de vídeos da ferramenta está organizado em oito áreas: Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas; Engenharias; e Linguística, Letras e Artes.
A primeira versão do protótipo do RecLibras foi desenvolvida em 2018, por Felipe Calé, egresso do curso de Sistemas de Informação da UFRRJ. Enquanto a segunda versão, mais atual e ampliada, foi desenvolvida em 2020 pelo egresso Caio Bittencourt. Ambas sob orientação dos docentes Sérgio Serra e Frederico Cruz, e com apoio de Paulo Simeão de Carvalho, professor da Universidade do Porto, em Portugal.
LibrasTI: um outro recurso
Os alunos do grupo PET-SI e do curso de Sistemas de Informação da UFRRJ também colaboraram no desenvolvimento de um aplicativo móvel denominado LibrasTI, cujo objetivo é promover a inclusão de surdos no campo tecnológico por meio da difusão de termos de Tecnologia da Informação (TI) em Libras. Os vídeos cadastrados no app estão sendo migrados para o RecLibras, e poderão ser acessados em ambas as plataformas. O aplicativo LibrasTI é público e gratuito e está disponível para download na Play Store.
Colabore com o RecLibras
Os pesquisadores da UFRRJ enfatizam a importância da ampla divulgação do projeto, para que intérpretes, pesquisadores na área de Educação, a comunidade surda e a população em geral possam participar diretamente do RecLibras. “Desde sua concepção, o projeto está aberto a abraçar novos colaboradores e a receber novos avaliadores técnicos de sinais, bem como novos conteúdos”, conclui Sérgio.
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