Neste 6 de dezembro, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) comemora o Dia da Extensão Rural e do Extensionista Rural. A efeméride, que foi instituída em 1948 pelo Governo Federal, é uma homenagem aos profissionais que prestam apoio técnico aos produtores rurais.
Na Universidade, por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proext), diversas ações são realizadas com este fim. Entre elas, destacamos o projeto de avaliação da fertilidade do solo em propriedades orgânicas (e familiares) do entorno da UFRRJ liderado pelo diretor do Instituto de Agronomia (IA), professor Everaldo Zonta.
Desde 2017, nos municípios de Seropédica, Itaguaí, Paracambi, Queimados e Rio de Janeiro, pesquisadores da Rural realizam coletas de amostras e análises de solo, interpretação e recomendações de calagem e adubação, além de promoverem discussões sobre o manejo e condução das culturas. O principal objetivo é a melhoria da produtividade.



As amostras de terra são analisadas no Laboratório de Estudo das Relações Solo-Planta (LSP) e no Laboratório de Análises de Solos, Plantas e Resíduos (LABFER), ambos integrantes do Centro de Estudos e Análises Agropecuárias e Ambientais (CEAgro/UFRRJ). “Ao final do projeto, um relatório individual por propriedade é elaborado e é organizada uma reunião para discussão os dados individuais e do coletivo”, explica o professor Zonta.
De acordo com o docente, foram visitadas cerca de 120 propriedades de produtores familiares, sendo que várias delas receberam os pesquisadores em mais de uma ocasião. “Considerando que são famílias de três ou quatro pessoas, devem ter sido diretamente beneficiadas entre 360 e 480 pessoas. Entendemos que a iniciativa não somente proporciona aumento de renda para os agricultores orgânicos e seus familiares, mas melhoria da qualidade de vida em todas as suas concepções”.
Além disso, o professor Everaldo Zonta destaca que a execução do projeto gera importantes benefícios à comunidade, ampliando o conhecimento sobre o manejo sustentável da fertilidade do solo em sistemas orgânicos e agroecológicos. “Os produtores passam a compreender melhor as características de seus solos e a utilizar práticas de adubação mais eficientes, baseadas em análises e no aproveitamento de recursos locais, como compostos e resíduos vegetais. Isso promove a economia circular, reduz custos e melhora a produtividade das áreas. O projeto também fortalece a integração entre Universidade e agricultores, valorizando o saber local e estimulando a construção coletiva de soluções sustentáveis, o que resulta em maior autonomia, sustentabilidade e empoderamento da comunidade envolvida”.




Integram o projeto os professores do IA/UFRRJ Juliano Stafanato, Nivaldo Schultz e Marcos Gervásio e o docente do Instituto de Tecnologia (IT/UFRRJ), Wellington Mary. Também já colaboraram um total de oito bolsistas de extensão, além de 13 estagiários voluntários e três estudantes de pós-graduação.
A iniciativa é viabilizada pela UFRRJ, a partir do fornecimento de bolsas de extensão para alunos da graduação, e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com recursos para realização das análises necessárias.
Para conhecer mais ações de extensão rural da UFRRJ, acesse: https://portal.ufrrj.br//pro-reitoria-de-extensao/
Com informações do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
Apuração: Miriam Braz, jornalista da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/UFRRJ).
Edição do texto: Michelle Carneiro, jornalista da CCS/UFRRJ.
Arte: Juliana Barbosa, designer da CCS/UFRRJ.
Fotos: Divulgação CEAgro/UFRRJ.