Como parte das atividades do Módulo I – Pedologia do curso de Especialização em Geoprocessamento, Levantamento e Interpretação de Solos, os cursistas participaram entre os dias 15 e 16 de julho de visitas no câmpus da UFRRJ, em Seropédica. Alocados em grupos, os participantes se revezaram para atividades de reconhecimento de perfis de solo no campo, na área do Instituto de Florestas, de visita ao Museu de Solos do Brasil, finalizando com ações em laboratórios do Departamento de Solos.
O curso de especialização no modelo UAB/CAPES é ofertado mediante editais, através de Acordo de Cooperação entre a UFRRJ e as instituições federais Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) que, juntas, formam a rede UniSolos. Ao todo, foram 600 vagas distribuídas entre as quatro instituições.
Dia 01: Laboratório do Departamento de Solos; Museu de Solos do Brasil e Campo da UFRRJ para exames de perfis
O objetivo central é a formação de agentes públicos e profissionais para a habilitação em reconhecimento de solos, elaboração de mapas pedagógicos e interpretação para fins agrícolas e ambientais. A experiência nas aulas presenciais, em modelo de atividades de extensão, proporciona a interação e trocas significativas entre os cursistas e professores do curso.
Quando perguntada sobre a importância de oferecer esse modelo de curso fora do eixo central do estado do Rio de Janeiro, Lucia Helena dos Anjos, professora do Departamento de Solos do Instituto de Agronomia da UFRRJ, afirmou: “o curso tem abrangência nacional, porém, no caso da oferta pela UFRRJ, sua localização na Baixada Fluminense também contribui para formular políticas públicas para o uso e a ocupação de solos urbanos e a mitigação ou prevenção dos efeitos das mudanças climáticas sobre as populações nas cidades e seu zoneamento”.
Com uma turma diversa, o público-alvo reúne profissionais graduados que atuam como agentes públicos e vários concursados, como é o caso da Viviane Japiassú, professora da área ambiental na graduação e no mestrado, que atualmente leciona no Instituto Federal do Rio de Janeiro, polo Maracanã, e na Universidade Veiga de Almeida. Segundo a professora, o interesse pelo curso veio da necessidade de preencher alguns gaps na sua formação.
Dia 02: Visitas de campo e descrição de perfis e coleta de amostras, com discussão da relação solo-paisagem, fatores e processo de formação
“A minha área sempre foi mais de recursos hídricos e já tem um tempo que eu venho trabalhando com a questão dos riscos de desastres. Faço um trabalho de iniciação científica com os alunos entendendo essa relação da água da chuva com os solos e as inundações e tenho sentido cada vez mais necessidade de entender mais sobre a questão do solo”, disse Viviane.
Ao final dos módulos do curso e com os seus trabalhos de conclusão os cursistas serão qualificados para diversas ações, entre elas, o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos (PronaSolos), liderado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com a participação de diversas instituições de ensino e pesquisa no país.
Texto: Nicole Lopes, bolsista de Jornalismo da CCS
Fotos 1º Dia: Isabela Soares, colaboradora da CCS
Fotos 2º Dia: Rafael Gutierrez, bolsista de Jornalismo da CCS
Edição e publicação: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS