De 12 a 16 de setembro, o câmpus Seropédica sediou a Semana Acadêmica de Engenharia Química – SEMEQ. Este ano, o tema foi “50 anos em 5 : Construindo o Engenheiro Químico”, fazendo referência aos 50 anos da criação do curso de Engenharia Química na Universidade, homenageados nos cinco dias de palestra. Esta é a 16º edição da SEMEQ que mostrou novos ramos profissionais aos estudantes.
A XVI SEMEQ apresentou oito palestras, uma mesa redonda, um minicurso e um workshop para todos do evento e mais sete minicursos de livre escolha dos alunos. Fabíola Cunha, coordenadora acadêmica desta edição, contou com a colaboração de 12 bolsistas do Programa de Educação Técnico (PET), alunos do diretório acadêmico Arnaldo Bittencourt e de alunos do curso de Engenharia Química para ficarem à frente na organização. A programação surpreendeu ao mostrar a gama de oportunidades que há para os alunos que procuram áreas alternativas às mais populares, como a indústria farmacêutica e a de petróleo e gás.
A celebração de 50 anos do curso colaborou para o diferencial desta edição. Alguns profissionais egressos da UFRRJ e outros colaboradores se ofereceram para participar deste momento. O workshop ministrado na segunda-feira, por exemplo, foi sobre cerveja artesanal, organizado por dois egressos da UFRRJ e donos de cervejaria. Destacaram-se o exemplo de empreendedorismo e o processo químico a ser seguido.
Outra peculiaridade se fez presente na palestra de quarta-feira. Tatiana Schuenck, formada em Engenharia Química pela UFRRJ e em Direito pela Universidade Estácio de Sá, ministrou uma palestra sobre propriedade intelectual na área de patentes, carreira na qual ela atualmente trabalha.
– A área de patentes necessita de um corpo técnico e a procura é grande. Quando eu era estudante não conhecia essa área e eu vejo que ela precisa de divulgação — contou Tatiana, que também respondeu a perguntas quanto ao retorno financeiro significativo nesta área. O interesse pela área foi tão grande que ao ser aberta para dúvidas, Tatiana foi bombardeada de questionamentos, principalmente quanto a mercado de trabalho.
Fabíola afirma que tanto os alunos que estão na organização quanto os meros ouvintes ganham em experiência. A também tutora do PET ressalta a SEMEQ como atividade complementar de extrema importância.
— Enquanto coordenadora eu tenho dois principais pontos de vista: o aluno que está participando é bombardeado de um conteúdo distinto ao ministrado em sala de aula. Ele ouve um profissional específico de determinada área. Por outro lado, o aluno que trabalha na SEMEQ cresce em outros sentidos, eles precisam falar com empresas, aprendem a falar em público, a lidar com profissionais, a escrever, a trabalhar em grupo e a exercer liderança — afirma Fabíola.
Por Nathália Barros/CCS
Imagem: Thaís Melo/CCS