A 8ª Semana Acadêmica de Jornalismo da UFRRJ recebeu, em seu segundo dia, grandes referências da Comunicação e do Jornalismo Esportivo. Realizada em 4 de novembro, no Auditório Paulo Freire, a mesa “Jornalismo Esportivo” foi considerada histórica pelos estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), ao reunir nomes consagrados do meio e promover uma troca rica sobre os desafios e transformações da profissão.
O encontro foi mediado por estudantes da UFRRJ, Cauê Rodrigues e João Marcelo Barreto, responsáveis por introduzir o tema e conduzir o diálogo com os convidados. A conversa teve início com o redator e repórter do Globo Esporte, Cahê Mota, que destacou: “A chave para manter a constância com excelência é entender o processo”. Para ele, a principal virtude do jornalista é estar preparado para os desafios cotidianos da profissão. “Pronto ninguém nunca está, então, devemos estar preparados para cada desafio”, disse.
Cahê também aconselhou os estudantes a controlarem a ansiedade e lembrou que cada etapa acontece no seu tempo, mesmo em uma geração marcada pela pressa e pela instantaneidade da informação.
O comentarista do Grupo Globo e ex-repórter da emissora, Eric Faria, continuou as reflexões sobre o impacto das novas tecnologias no jornalismo: “Hoje o celular é uma estação jornalística. Com isso aqui, você filma, grava, edita, escreve, envia e, em dois segundos, isso está no Japão”, comentou.
Eric enfatizou que as novas ferramentas digitais transformaram a rotina das redações e são essenciais para acompanhar as mudanças da comunicação moderna.
Ainda dentro do tema da modernidade, o responsável pelas mídias sociais da ge TV, Vinicius Rodeio, observou que a principal mudança no jornalismo atual está na forma de se comunicar. “Hoje, lá no ge, estamos muito mais focados em falar com um público mais jovem, com uma linguagem mais descontraída, mas sempre priorizando a informação, que é o mais importante”, ressaltou.
Em outro momento, a repórter do Canal Goat, Belle Costa, trouxe à tona os desafios de ser mulher em um ambiente predominantemente masculino. “A gente acaba tentando, de uma forma ou de outra, passar por cima disso, porque é muito mais importante resistir do que sofrer em relação ao machismo presente”, pontuou.
Questionada sobre a insegurança de atuar nesse espaço, Belle afirmou que já sentiu isso no início da carreira, mas que hoje se sente totalmente preparada e qualificada para estar ali. Além disso, ressaltou a importância do estudo e do preparo constante na transmissão da notícia com precisão e responsabilidade.
A mesa se desenvolveu como uma grande entrevista coletiva entre estudantes e convidados, proporcionando uma valiosa troca de experiências sobre o cotidiano do Jornalismo Esportivo e suas novas dinâmicas.
Texto: Luís Felipe Melo – Curso de Jornalismo da UFRRJ.
Foto: Gabriel Profeta – Curso de Jornalismo da UFRRJ.
Edição: Manel Pereira – Curso de Jornalismo da UFRRJ.