À comunidade universitária da UFRRJ
Após analisar os desdobramentos decorrentes da tragédia que culminou com o trágico falecimento do discente Bernardo Paraíso na última segunda-feira (08/04), na qual constatou-se a necessidade de se estabelecer um momento de transição em face à complexidade e delicadeza do cenário em que nos encontramos, a equipe da Administração Central, em reunião de trabalho realizada neste sábado (13/04), decidiu pela adoção das seguintes providências:
As medidas acima foram aprovadas ad referendum ao CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.
Também foi deliberado que as atividades administrativas seguirão majoritariamente remotas nessa segunda-feira (15/04) e, a partir da terça-feira, serão retomadas em caráter presencial de acordo com a dinâmica estabelecida em cada setor, respeitando o movimento de luta da categoria dos TAEs deflagrado no dia 11 de março.
A Administração Central reconhece plenamente os desafios e as preocupações da comunidade universitária quanto à segurança interna e, nesse sentido, reiteramos que estão sendo envidados todos os esforços para prover as ações cabíveis a uma Instituição Federal de Ensino Superior.
Informamos ainda que a equipe da Proaes, em colaboração com as coordenações dos cursos de graduação da UFRRJ, organizará o agendamento de atividades de acolhimento aos estudantes durante o retorno das atividades acadêmicas presenciais junto à rede de profissionais e docentes que atuam em ações de prevenção e promoção de saúde mental na UFRRJ. O agendamento pode ser feito pelo e-mail proaes@ufrrj.br.
É importante registrar que a realidade da violência urbana que nos atingiu não está restrita a Seropédica. A suspensão indefinida das atividades de ensino, pesquisa e extensão neste câmpus da UFRRJ não trará as soluções que almejamos, pois estas dependem de ações de políticas de segurança pública, sob a responsabilidade das forças de segurança.
Neste sentido, consideramos fundamental que a mobilização coletiva das entidades representativas das categorias da comunidade universitária, associada às articulações que estão sendo viabilizadas pela Administração Central, constituem estratégias cruciais para manifestar nossa indignação diante deste estado de coisas.
A Universidade Pública não pode parar – estamos juntos para, não só enfrentar nossa realidade, mas também para transformá-la.
Administração Central