Promovida pela Associação de Docentes da UFRRJ (Adur) e com a oferta de transporte gratuito, com passagem pelos câmpus de Seropédica e Nova Iguaçu, a “Reunião Pelo Direito À Vida – Seropédica e a UFRRJ Pedem Paz” teve início por volta das 15h30, no auditório da ALERJ, e teve sua capacidade máxima alcançada com a forte presença de professores, alunos e técnicos da Universidade.
A comunidade da UFRRJ participou do encontro para reivindicar atenção à segurança no entorno da Universidade e no município de Seropédica após os eventos violentos do dia 8 de abril, que resultaram na morte do estudante de Ciências Biológicas Bernardo Paraíso.
A mesa foi mediada por Elisa Guaraná, professora do curso de Ciências Sociais e presidente da Adur, e contou com as presenças da professora do curso de Jornalismo Flora Daemon, que leu uma carta em nome do docentes, técnicos e discentes da UFRRJ:
“É urgente uma mobilização que tenha início no estado do Rio de Janeiro, e alcance o nível federal. Precisamos do apoio dos senhores para articular com as instâncias devidas ações que promovam o fim das graves violências ocorridas em Seropédica e na Baixada Fluminense”, leu a professora.
O reitor em exercício César Augusto Da Ros também compôs a mesa, e relatou a insegurança que a Administração da Universidade enfrenta após o ocorrido.
“Vamos precisar que as autoridades constituídas, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, o Governo Federal e as Forças de Segurança tomem medidas imediatas para cancelar essa guerra”, afirmou Da Ros, que completou: “Esta reunião é, também, um clamor para que a Universidade Rural e Seropédica sigam existindo e que a Universidade continue contribuindo na sua história centenária de geração de conhecimento, profissionais qualificados e pesquisa de ponta para o desenvolvimento do nosso país”, concluiu.
Ainda integraram a mesa Gilmara Baiano, servidora técnica-administrativa e representante do Sindicato de Trabalhadores da UFRRJ (Sintur) e a Victoria Gribel, aluna do curso de Ciências Biológicas e representante do Diretório Acadêmico Charles Darwin (DACD), responsável pela leitura da carta em nome dos discentes do curso.
“Estamos sob tutela de pessoas que podem decidir se viveremos ou não. Não temos certeza se conseguiremos chegar a uma aula. Não sabemos se voltaremos vivos do mercado. Pergunto aos deputados da casa: Tenho direito de ir ao mercado? Tenho o direito de assistir a uma aula? Tenho direito de permanecer viva?”, questionou a aluna.
Os discentes Amanda Trovão, Filipe Latto, Mabel Almeida, Larissa Vulcão e Gabriel GB também tiveram a oportunidade de fala, assim como os parlamentares presentes. Fizeram parte do encontro e manifestaram-se os Deputados Estaduais Elika Takimoto (PT), Martha Rocha (PDT), Renata Souza (PSOL), Dani Monteiro (PSOL), Andrezinho Ceciliano (PT), Dani Balbi (PCdoB), a Vereadora do município do Rio de Janeiro Mônica Cunha (PSOL) e os Deputados Federais Taliria Petrone (PSOL), Tarcísio Motta (PSOL) e Jandira Fhegali (PCdoB).
Entre as falas dos parlamentares, se repetiram o repúdio ao ocorrido, a solidariedade aos familiares, amigos e professores de Bernardo Paraíso e o compromisso na busca pela segurança no município de Seropédica. O evento foi destaque no telejornal RJ2, em reportagem com as entrevistas do reitor em exercício, César da Ros, de Gilmara Baiano, de Victoria Gribel e da pró-reitora de Graduação, professora Nidia Majerowicz.
Texto: Augusto Ribeiro, bolsista de Jornalismo da CCS/UFRRJ.
Fotos: Augusto Ribeiro, bolsista de Jornalismo da CCS/UFRRJ.
Edição e publicação: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ.