Pesquisas desenvolvidas por alunos de Letras são apresentadas no Auditório Paulo Freire

Na tarde desta quarta-feira (12), professores, avaliadores e estudantes da área de Letras reuniram-se para apresentações orais que abordaram aspectos sociais da Linguística. Os temas variaram desde análises sobre as experiências de pessoas neurodivergentes até estudos de discursos presentes na área eleitoral, no entretenimento e na representação da personagem Virgínia, da obra O Anjo Negro, de Nelson Rodrigues.
A pós-graduanda, Natália Bonn, iniciou as apresentações com a pesquisa “Neurodivergência e língua estrangeira: uma análise das experiências linguísticas de pessoas com TDAH”. Natália analisa, dentro do perfil de pessoas com diagnóstico de TDAH, a proficiência em uma segunda língua, considerando as diferentes habilidades linguísticas e a frequência de uso pessoal e social.

Seguindo a mesma linha de pesquisa, a graduanda de Letras, Isabela Moreira, apresentou o trabalho “Altas Habilidades/Superdotação: um estudo com bilíngues brasileiros” e destacou: “O objetivo específico do meu trabalho era analisar as autoavaliações de proficiência em habilidades de fala, escrita, escuta e leitura, por participantes de perfil cognitivo de altas habilidades e superdotação.”

Os alunos de Letras, Lucas Rosa e Caleb Machado, apresentaram análises críticas sobre o uso do discurso nas áreas do entretenimento e eleições, respectivamente. Lucas refletiu sobre como a linguagem cotidiana e midiática não apenas espelha, mas também constrói ativamente realidades sociais, sustentando relações de poder e exclusão de forma quase imperceptível. Já Caleb destacou a importância de questionar e desconstruir práticas discursivas de campanhas eleitorais violentas, avançando em direção a um espaço público mais ético e plural.


Para encerrar as apresentações orais, o estudante de Letras, Taylor Souza, realizou uma análise discursiva e interpretativa sobre a autoviolência e como a personagem Virgínia, da obra de Nelson Rodrigues, O Anjo Negro, constrói sua subjetividade. Taylor concluiu que a trajetória de Virgínia reflete a ação do poder sobre o corpo e a subjetividade feminina.

Texto e fotos; Isabella Dantas e Pedro Henrique, estudantes de Jornalismo.
Orientação: Sandra Garcia, professora do Departamento de Letras e Comunicação.
Revisão: João Vitor Freitas, jornalista e bolsista de Jornalismo da Prograd/CCS.
Publicação: Jonathan Monteiro, jornalista e bolsista de Jornalismo da PROPPG/CCS.