No primeiro semestre deste ano, a Universidade Rural teve os doutorados em Geografia (PPGGEO) e em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas (PPGDT) e os mestrados acadêmicos em Engenharia de Materiais e em Letras: Linguagem e Literatura aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O tripé de sustentação de uma Universidade é composto por ensino, pesquisa e extensão. Juntos, os três fatores formam um ciclo virtuoso, onde alunos são formados, pesquisas relevantes para a sociedade são fomentadas e seus resultados são devolvidos a esta mesma sociedade, de forma a contribuir para o bem da coletividade.
Em se tratando do componente “pesquisa” deste tripé, a UFRRJ vem obtendo resultados profícuos, fruto de seu investimento, seu comprometimento e de uma comunidade acadêmica produtiva e engajada.
No primeiro semestre deste ano, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou a criação de quatro novos cursos de pós-graduação da UFRRJ: os doutorados em Geografia (PPGGEO) e em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas (PPGDT) e os mestrados acadêmicos em Engenharia de Materiais e em Letras: Linguagem e Literatura.
Agora, a UFRRJ oferece 39 programas de pós-graduação, sendo 20 cursos de doutorado acadêmico, 31 cursos de mestrado acadêmico e 9 cursos de mestrado profissional, com 2.174 alunos de pós-graduação matriculados.
“Não se mede a qualidade da pós somente com a abertura de novos programas. Isso é importante, não há dúvidas, mas são dois indicadores: a criação de novos programas, que é muito bem-vinda, mas também o aumento da nota dos programas existentes”, explica o professor Leandro Dias de Oliveira, pró-reitor adjunto da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG).
Avaliação da Capes
Nos últimos anos, a UFRRJ vem atendendo aos dois indicadores enfatizados por Leandro. No que se refere ao aumento das notas, ele ressalta que a UFRRJ vem numa crescente na avaliação da Capes.
“Em uma escala de 3 a 7 nas notas outorgadas pela CAPES aos PPG, aqueles com nota 6 e 7 são considerados ‘cursos de excelência’, caraterizados por atingir níveis máximos de internacionalização, produção, formação discente de qualidade, ou seja, os egressos têm encontrado postos importantes de trabalho. Nós tivemos um programa cuja nota foi aumentada para 7, que é a nota máxima, e um programa nota 6”, destaca o pró-reitor adjunto, referindo-se ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia-Ciência do Solo (PPGACS), que alcançou a nota 7 (nota máxima) na avaliação da Capes, e ao programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, que manteve a nota 6 alcançada no quadriênio anterior.
“Ao longo dos anos, a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação tem aprimorado os mecanismos de acompanhamento e avaliação interna dos cursos e programas da UFRRJ, oferecendo, principalmente, assessoria em relação à elaboração dos relatórios anuais submetidos pelos cursos e programas à CAPES. Neste sentido, a Coordenação de Pós-Graduação da PROPPG tem um papel relevante. Gostaria de mencionar aqui o trabalho intenso e competente do atual coordenador, o professor David Malvar (ICBS)”, avalia o professor José Luis Luque, pró-reitor da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação.
Atualmente, a Rural apresenta 192 grupos de pesquisa ativos no Diretório de Pesquisa do CNPq, com 792 linhas de pesquisa desenvolvidas e 504 doutores envolvidos. Além disso, são 58 bolsistas de produtividade em pesquisa, nos diferentes extratos de PQ-1A e PQ-2.
Cadastrados e aprovados no SIGAA (sistema interno de gestão da Universidade), somam-se 261 projetos de pesquisa, em sua maioria, com financiamento externo do CNPq, da Capes, da Faperj, da Finep e de parcerias com instituições públicas e privadas diversas.
Essa produtividade se reflete nas avaliações da Capes dos cursos de pós-graduação da instituição. Além dos programas com nota 6 e 7, os programas de mestrado e doutorado em Ciências Ambientais e Florestais (PPGCAF), em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) e em História (PPGH) tiveram sua qualidade reconhecida pela Capes com a nota 5.
“Programas mais recentes começam com a nota 3, e tivemos um bom número de programas que passaram da nota 3 para a nota 4; o que revela um crescimento forte da pós-graduação institucional. A nota recebida pelos programas deve ser compreendida como uma escala de evolução e de aprofundamento da construção do programa. Isso revela que a Universidade tem melhorado seus índices e aprimorado suas políticas de incentivo e qualificação da pós-graduação”, esclarece o pró-reitor adjunto da PROPPG.
O tripé
Mostrando que o tripé ensino-pesquisa-extensão é a base de nossa Instituição, a conexão dos programas de pós-graduação da UFRRJ com a graduação e iniciativas de extensão são sempre estimuladas.
A interação entre a pós-graduação e a graduação da Rural se reflete no número de docentes da pós que estão envolvidos nos primeiros anos da vida acadêmica universitária. São 588 docentes de pós-graduação, dos quais, 453 atuam na graduação, além de um número expressivo de professores aposentados e voluntários. A conexão é constantemente incentivada, de maneira que laboratórios, grupos de pesquisa e projetos conectem-se com docentes, pós-graduandos de diferentes níveis e alunos de graduação, bolsistas (PIBIC, PIBITI, IC-FAPERJ e outras) e voluntários.
Além disso, a PROPPG lança, periodicamente, editais voltados ao apoio à participação de docentes e discentes em simpósios de alta relevância para cada área de conhecimento, realização de missões de pesquisa e vinda de pesquisadores visitantes para a realização de atividades acadêmicas inovadoras de alto impacto na Universidade, fomentando a internacionalização da Instituição.
A PROPPG também tem atuado fortemente no lançamento de editais com recursos institucionais e com verbas oriundas do Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap). Em 2023, foram lançados editais para concessão de auxílios financeiros de apoio às atividades de internacionalização de docentes dos programas de pós-graduação, concessão de auxílios financeiros para mobilidade internacional de estudantes de pós-graduação, concessão de auxílios financeiros de apoio a jovens docentes pesquisadores da UFRRJ, voltados para docentes ainda não inseridos em programas de pós-graduação, e para projetos de pesquisa executados por técnico-administrativos, dentre outros.
“A internacionalização é uma proposta positiva para que a Universidade se comunique com o mundo e não é só fazer com que seu produto científico alcance outros espaços, mas também aprender, ensinar, dialogar, interpretar, criticar e refletir sobre o que está sendo produzido cientificamente no mundo”, conclui o pró-reitor adjunto, ressaltando o papel do diálogo intenso e produtivo da UFRRJ com países de todos os continentes, mas com estímulo atual às colaborações com a América Latina e com a África.
“Nos últimos meses, a PROPPG tem reforçado e atualizado a sua estrutura orgânica e regimental para otimizar o uso dos recursos do Proap pelos programas e para aprofundar e incentivar ações de internacionalização e de inovação que permitam aos cursos e programas de pós-graduação da Rural melhorar nas suas avaliações pelos órgãos de fomento. Entendemos que as perspectivas são favoráveis para a consolidação e o fortalecimento da nossa Pós-Graduação, inclusive, para a criação de novos cursos e programas em áreas estratégicas para o nosso desenvolvimento institucional e para a interação da UFRRJ com seu entorno social”, finalizou o professor Luque.
Texto: Fernanda Barbosa, jornalista da CCS
Fotos: Miriam Braz, jornalista da CCS