Texto: Thaís Melo*
O projeto “Nave Química Fisiológica” foi formalizado em 2018 – mas existia desde 2012 – e vem criando interatividade e estimulando a aprendizagem da Química. O projeto consiste em uma série de ações por meio das redes sociais para fornecer conhecimento sobre diversos temas para os estudantes.
Adriana Pedrenho, professora de Química Fisiológica do Departamento de Ciências Fisiológicas do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (DCFis/ICBS) e coordenadora do projeto Nave Química Fisiológica. A docente contou mais sobre as temáticas abordadas pela iniciativa. “São temas no âmbito da Química Fisiológica, Bioquímica, Nutrição, Fisiologia e vários aspectos da Homeostasia e seus possíveis desequilíbrios em mamíferos, tendo ênfase nos eventos químicos e biomoleculares de maneira a fornecer suprimento para aprendizagem cognitiva e/ou aprimorar a comunicação entre alunos e professores”.
Pedrenho relatou que a ideia de criar a iniciativa se deu quando anos atrás ela teve seu primeiro contato com a Neurociência Cognitiva, área voltada para o estudo científico dos mecanismos biológicos dirigidos para a cognição. Após essa experiência e a participação em um fórum sobre ensinar de forma mais prática, a docente passou a buscar uma maneira de ensinar seus alunos de maneira mais interativa. “Eu percebi que estava na hora de buscar novos canais para o fortalecimento da aprendizagem dos temas ministrados em sala de aula”, contou.
Após encontrar o grupo no Facebook sobre Química Fisiológica da UFRRJ, ela viu um caminho para pôr em prática sua ideia. A partir disso, começou a incorporar na disciplina de Química Fisiológica, em parceria com o professor Sávio Amado da Silva, conversas, estudos virtuais, gincanas educativas e outras formas de deixar o ensino mais leve e interativo. Para realizar tais atividades, eram usados um grupo no Facebook e outro no WhatsApp.
Depois disso, o interesse de Adriana Pedrenho por Neurociência Cognitiva só aumentou. Proporcionalmente a isso o projeto cresceu, e foi ampliado com a criação de um canal no YouTube. No canal são postadas videoaulas com conteúdos que dão continuidade ao que os estudantes viram em sala de aula. “No canal no YouTube são divulgadas videoaulas a respeito dos temas centrais abordados em sala de aula, além de outros vídeos voltados para assuntos de ciências”, explicou. A docente relatou também que muitos alunos da turma do primeiro semestre de 2017 criaram blogs para divulgar temas relacionados ao projeto e alguns os mantém em atividade até hoje.
Com o surgimento da pandemia, a professora começou a produzir diversos vídeos sobre o tema como forma de ajudar as pessoas a entenderem melhor sobre o assunto e sobre os cuidados necessários. Agora o projeto pretende investir em vídeos sobre curiosidades do cotidiano. “Pretendo voltar a gravar ativamente sobre curiosidades do dia a dia explicadas com base nas Ciências Fisiológicas e na Bioquímica. Por exemplo: “O que tem de diferente que faz um cabelo ser encaracolado ou liso?” ou “Será que a vitamina D pode me salvar da Covid-19?”.
Segundo a professora, existe ainda uma preocupação com a qualidade dos vídeos. Agora com novos recursos ela pretende regravar alguns vídeos para que fiquem disponíveis com uma qualidade melhor.
Para o futuro existem planos de unir dois projetos em um único espaço. O professor Sávio da Silva colabora com o projeto por meio de postagens nos grupos, mas com a pandemia passou a postar vídeos no Youtube também e com isso os professores tiveram uma ideia de unir o conteúdo da Nave Química Fisiológica aos conteúdos de um outro projeto de extensão coordenado pelo professor Sávio. Tudo deve ficar abrigado na página do projeto “Mapa Digital da Química Fisiológica”.
A docente relatou que é gratificante proporcionar suporte para aprendizagem dos seus alunos e de outros estudantes que podem acessar os vídeos no canal da iniciativa.
Para acompanhar este trabalho tão interessante, siga o projeto nas redes sociais:
Comunicação Proext*