Primeiro Fórum de 2016-2 foi comandado pela pró-reitora de Graduação, Lígia Machado, e pelo pró-reitor adjunto, Leonardo Torres (Foto: Milena Antunes / Assessoria de Comunicação da Prograd)
Com o objetivo de discutir problemáticas ligadas à graduação, coordenadores de diversos cursos da Universidade se reuniram na última quinta-feira (08) no Salão Azul do Pavilhão Central para participarem do Fórum de Coordenações dos Cursos de Graduação. Entre os assuntos abordados na reunião estavam em pauta: a questão da ocupação das salas do Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT), a constituição de uma comissão para finalizar o Regulamento da Graduação, questões ligadas ao programa de Tutoria e, por último, a carga horária docente.
A pró-reitora de Graduação, Lígia Machado, e seu pró-reitor adjunto, Leonardo Torres, compuseram a mesa na direção do Fórum. Entre os coordenadores presentes estavam representados os cursos de Administração, Administração Pública, Economia, Biologia, Pedagogia, Relações Internacionais, Geografia, Letras, História, Serviço Social, Belas Artes, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Jornalismo, Química, Matemática, Sistemas de informação, Ciência da Computação, Gestão Ambiental e Medicina Veterinária, além de alguns representantes de departamentos e institutos dos três câmpus da Rural.
Ocupação do PAT
O primeiro assunto abordado gerou debate entre os presentes que concordavam sobre a necessidade de melhoramento no sistema de locação e na estrutura das instalações nas salas e auditório do PAT.
“O que temos percebido é que existem salas que estão no sistema com turmas, mas que permanecem sem aulas durante semanas seguidas”, apontou a pró-reitora de graduação.
Com o tema em pauta, o pró-reitor adjunto Leonardo Torres, assinalou para a existência de uma ferramenta no módulo acadêmico para que as direções dos institutos ou qualquer pessoa autorizada faça a locação das salas:
Estavam presentes no fórum cerca de 20 coordenadores de diferentes cursos da Universidade (Foto: Milena Antunes / Assessoria Prograd)
“Se as pessoas não participarem do processo, fica difícil ver resultado. Parece que há um desinteresse em utilizar o sistema e assim torna-se mais cômodo acusar a Prograd, quando, na verdade, foram dadas as ferramentas para que as pessoas participem e facilitem o procedimento.”
O funcionamento dos computadores, a falta da internet, e a precariedade na disponibilidade de materiais de uso em sala de aula, estavam entre as principais insatisfações dos professores.
“Nós já estamos praticamente colecionando memorandos, mas a dificuldade com os computadores ainda continua, e dessa maneira a qualidade das aulas também é prejudicada”, ressaltou a vice- coordenadora de jornalismo, Fafate Costa.
Regulamento de Graduação e Programa de Tutoria
Após selecionar os voluntários para constituir a comissão do Regulamento de Graduação com representantes dos três câmpus da Rural, o próximo assunto em pauta foi o Programa de Tutoria. O programa surge da necessidade de atender uma das metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRRJ no que diz respeito à ampliação da permanência de estudantes nos cursos de graduação, e assim contribuir para a democratização da educação superior.
A pró-reitora deixou claro que o programa não é disciplinar, mas funciona dentro de uma área de conhecimento. Como representante das exatas, o coordenador de Matemática, Douglas de Melo, contou aos presentes um pouco de sua experiência com o projeto e falou da importância do programa para o desenvolvimento dos alunos ingressantes e veteranos na Universidade. Após ser discutido o critério de seleção para os participantes na tutoria, Lígia ressaltou que a iniciativa é uma “resposta a um projeto de expansão e inclusão na Universidade”.
Carga horária de professores
Edson de Jesus (a frente), contribui para discussão sobre carga horária docente (Foto: Milena Antunes / Assessoria de Comunicação da Prograd)
O último assunto do dia - e o mais divergente entre as opiniões dos presentes - foi a questão da carga horária dos professores. Pela lei, é obrigatório o cumprimento mínimo de 8h em sala de aula, mas o documento não especifica a carga necessária em graduação e pós-graduação, daí as divergências. A maioria das reclamações foi sobre a falta de professores para ocupar os horários da graduação, que deixam de assumir as turmas em detrimento da pós-graduação. Outros, defendiam que para ter uma pós-graduação de qualidade era necessário maior dedicação na área.
O coordenador do curso de Medicina Veterinária, Edson de Jesus, no que diz respeito a carga horária dos professores, expressou sua opinião:
“O esvaziamento da graduação é real. O problema da nossa Universidade não é o assoberbamento dos professores, mas o comodismo. Existem professores que vem a universidade apenas uma vez na semana. Não posso fazer do meu trabalho na Universidade, um bico. Professores que querem trabalhar, trabalham muito”.
Lígia finalizou a pauta dizendo que para estender a discussão do assunto era necessária a presença de outras pró-reitorias, em momento posterior.
Já no fim da reunião, os presentes deram suas sugestões para pautas a serem abordadas no próximo fórum de coordenações que acontecerá no dia 17 de outubro, às 13h30, no Auditório Hilton Salles do Pavilhão Central – Câmpus Seropédica.
Por Ana Beatriz Paiva