A professora Camila do Valle, do Departamento de Letras do Instituto Multidisciplinar (IM/UFRRJ), publicou o artigo “Solidariedade a um militante antirracismo”, em 18 de abril, na seção de Opinião do jornal O Globo. No texto, a docente da Rural trata do papel do ativista antirracista luso-senegalês Mamadou Ba, que combate o ódio da ultradireita portuguesa. A partir da história de Ba, Camila do Valle estabelece comparações entre as realidades de Brasil e Portugal.
“Tantas coincidências no espaço da lusofonia, o mundo que o português criou, com tanta — contém ironia — democracia racial, como assegurou Gilberto Freyre, brasileiro, contratado por Salazar para visitar as colônias em África e descrever a harmonia com que os portugueses lá viviam com os africanos”, escreve a professora. “Nos anos 1950, essa democracia racial como pseudoteoria científica foi denunciada por Eduardo Lourenço, pensador português exilado no Brasil, hostilizado pelo séquito do sociólogo brasileiro, mais velho e já preeminente na cena intelectual. Ou seja, na perseguição a Mamadou, os brasileiros estão, sim, implicados. O mito da democracia racial freyriana foi usado como caução intelectual na ONU para respaldar a colonização portuguesa em África.”
Para ler o artigo na íntegra, acesse https://oglobo.globo.com/opiniao/artigos/coluna/2023/04/solidariedade-a-um-militante-antirracismo.ghtml