A professora do Departamento de Ciências Sociais (ICHS), Moema de Castro Guedes, foi entrevistada pela revista Pesquisa Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo), para contribuir sobre um fato que ainda é recorrente no Brasil: desigualdade de gênero na distribuição de bolsas de pesquisa. Em seu estudo mencionado pela reportagem, ela constatou que o aumento do número de bolsas em várias áreas não foi marcado por uma maior presença de mulheres. Em contrapartida, os homens tendem a investir melhor em sua produção e progredir até os níveis mais altos por serem mais contemplados.
Um dos requisitos para uma carreira como pesquisador (a) é concluir o doutorado o que, para as mulheres, é visto como um grande desafio. Isso porque elas tendem a ter filhos no mesmo período em que consolidam a trajetória acadêmica e, assim, precisam conciliar atividades de pesquisa e demandas da maternidade. É o que diz a professora Moema ao afirmar que “As cientistas que se tornam mães passam por um período de queda na produtividade e essa tendência só começa a ser revertida depois”, destaca a socióloga.
Na UFRRJ, a professora diz que foi feito um fator de correção na avaliação da produtividade das cientistas que tiveram filhos nos últimos cinco anos. “Elas terão direito a dois anos a mais na análise de sua produção”, diz Moema Guedes Para ler a reportagem completa, acesse: https://revistapesquisa.fapesp.br/desequilibrio-no-sistema/