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Professora da UFRRJ desenvolve trabalho etnográfico no Angola Beat Street Festival

Camila Daniel, professora do Programa de Pós-graduação em Patrimônio, Cultura e Sociedade (PPGPaCS) e do Instituto Três Rios da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), desenvolveu durante o Angola Beat Street Festival um trabalho etnográfico de observação participante vinculado ao projeto de extensão Circuito de Experimentação em Danças Afrodiaspóricas (CEDA).

“O conhecimento adquirido no campo das danças de rua africanas e da cultura kudurista será compartilhado nas oficinas do projeto Rotina fora do Ritmo, levado à comunidade ruralina e ao centro-sul fluminense por meio da disciplina Ação de Extensão“, explica Camila Daniel.

Ao longo do evento, a docente atuou ainda como intérprete voluntária, mediando diálogos em português, inglês e espanhol entre os e as artistas locais e participantes estrangeiros.

Sobre o festival

O evento Angola Beat Street Festival, criado pelo artista de Kuduro Vandro Poster, aconteceu em Luanda entre os dias 5 a 9 de novembro de 2025.

A programação contou com oficinas de Kuduro underground e clássico, danças tradicionais e urbanas angolanas que dialogam com o gênero, como Afrohouse, Kassova e Sambalakité, ministradas por artistas angolanos de diferentes gerações que residem em Angola e também no exterior.

Além disso, o evento promoveu batalhas de dança, palestras, visitas guiadas e um reencontro intergeracional, atraindo um público local e visitantes de países como Brasil, França, Bélgica, Alemanha, Estados Unidos, Rússia, Áustria e Espanha. 

“Mesmo com o reconhecimento global alcançado pelo Kuduro e o Afrohouse nas últimas décadas, os e as artistas kuduristas ainda enfrentam desafios para serem valorizados enquanto criadores e profissionais, dentro e fora de Angola. O Angola Beat Street Festival se apresenta justamente como resposta a essa luta histórica, reforçando o Kuduro como um gênero de música e dança que expressa sentidos de comunidade, identidade e vida da juventude de Luanda”, conclui a docente da UFRRJ.

Com informações de Camila Daniel (ITR/UFRRJ).

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