O professor José Cláudio Souza Alves, do Departamento de Ciências Sociais (ICHS/UFRRJ), foi um dos especialistas entrevistados na matéria “Operação Escudo: o que pode estar por trás da chacina policial na Baixada Santista?”, escrita pela jornalista Gabriela Moncau, do Brasil de Fato.
O texto aborda a ação deflagrada pela polícia militar de São Paulo depois da morte de um soldado da Rota no final de julho. A operação da PM paulista na Baixada Santista deixou um saldo de 16 mortos e 296 presos em menos de duas semanas.
Pesquisadores ouvidos pela repórter levantam diversas hipóteses que poderiam explicar a “chacina policial exaltada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos)”.
Para o professor Alves, autor do livro ‘Dos Barões ao extermínio: uma história da violência na Baixada Fluminense’, não há como sustentar um “discurso dualista de que as forças de segurança estão combatendo o crime, os ilegalismos e as drogas”.
De acordo com o sociólogo, há uma relação do crime com os agentes do Estado, da segurança pública e das forças armadas. “Todos eles estão imbricados nessa rede, onde ocorre corrupção e suborno. E é muita grana”, disse o docente ao Brasil de Fato.
“Ensaios como esse lá no Guarujá são ensaios para mais ganhos. Mais ganhos como? Vão encerrar o tráfico? Não, ao contrário. Os preços vão ficar mais altos, a estrutura do Estado toda vai ganhar muito mais: mais dinheiro, mais voto, mais controle territorial. E aqueles que são tratados como inimigos, como o PCC, vão ter que se adequar à reconfiguração desses acordos”, concluiu.
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