O patriarcado e o machismo estrutural indicam que não existe a paridade entre homens e mulheres no sistema judiciário brasileiro, em que as demandas judiciais são analisadas por homens. Neste sentido as demandas judiciais que envolvem relações jurídicas familiares como divórcio, alimentos e guarda de filhos analisados por homens não levam em consideração as situações específicas vivenciadas por mulheres que exercem várias atividades, e, muitas vezes em razão da sua subalternidade, são prejudicadas em demandas judiciais que envolve a relação familiar colocando a mulher em situação de vulnerabilidade. Assim, o projeto, vinculado ao Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito, Campus Seropédica, visa a promover o estudo, crítica, debate e aprimoramento profissional acerca das questões de gênero nas varas de família do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em especial da Comarca de Seropédica, como forma de capacitação do profissional da área jurídica para atuação diferenciada junto ao Poder Judiciário. Espera-se como resultado final: a) mapeamento da aplicação da perspectiva de gênero nas decisões judiciais das Varas de Família da Comarca de Seropédica, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; b) análise quantitativa e qualitativa dos possíveis impactos da aplicação da perspectiva de gênero nas decisões judiciais das Varas de Família da Comarca de Seropédica, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; c) monitoramento da aplicação da perspectiva de gênero nas decisões judiciais das Varas de Família da Comarca de Seropédica, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; e d) produção de base de dados com as decisões judiciais que adotam a perspectiva de gênero, para servirem de paradigmas a serem utilizados em novas demandas das Varas de Família da Comarca de Seropédica, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.