Na quarta-feira (16/10), ocorreu o minicurso “Por dentro dos insetos”, sob supervisão do coordenador Emerson Pontes, no Instituto de Química (IQ). A atividade fez parte da programação da 21ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e contou com a visita de inúmeros estudantes do Ensino Médio e Fundamental.
O “Por dentro dos insetos” existe há mais de um ano e atua junto às escolas e com participações em eventos na própria universidade, como a SNCT e a Semana Rural. Segundo Emerson, docente do Departamento de Bioquímica (IQ), recentemente, eles realizaram uma ação que atingiu cerca de 200 alunos em um colégio de Queimados.
O objetivo do projeto, segundo o coordenador, é desmistificar os insetos para o público e mostrar curiosidades sobre os animais. “A ideia, além do aspecto morfológico externo, é mostrar que os insetos têm toda uma estrutura interna importante que torna eles capazes de se adaptarem a diferentes ambientes. Aqui, abordamos questões como a reservas energéticas enquanto sobrevivência, a importância dos ovários, o sistema digestório, entre outras”, explicou. O coordenador completou afirmando que essas estruturas possibilitam que os insetos ocupem diferentes locais no planeta. Além disso, ressaltou a importância desses animais para a saúde humana, agricultura e até mesmo como fonte alimentar e nutricional.
Para os visitantes, no geral, a atração principal do minicurso era a barata de Madagascar, um inseto robusto que, muitas vezes, é cultivado em sistemas de criação de outros animais. A espécie é útil para manter colônias de outros insetos, como a aranha.
Márcia Damasceno, fundadora e presidente do projeto Casa da Alegria, uma instituição que trabalha com crianças de 4 a 18 anos, era uma das participantes do minicurso. Ela afirmou que a barata de Madagascar foi o que mais lhe chamou atenção, e que já estão marcando uma segunda visita ao “Por dentro dos insetos” com outro grupo de estudantes. “Eu amei esse projeto. Estou muito feliz. Com certeza vamos voltar em outra oportunidade. Tem muitas informações sobre os insetos que a gente nem imaginava. Às vezes você mata aquele besouro porque acha feio, mas nem imagina que ele precisa estar ali para dar continuidade àquele ciclo”, contou.
A fala de Márcia comprova o êxito da proposta do projeto de desmistificação dos insetos, citada por Emerson. Ele conta que é um processo bem comum durante as visitas ao programa. “Inicialmente, você percebe nos estudantes uma resistência de tocar, mas aos poucos eles vão vendo que não é bem assim. Existe uma conversa prévia, que deixa os alunos mais à vontade. No final, muitos que estavam com medo, acabam pegando o inseto na mão”, afirmou.
Texto e fotos: Matheus Gomes Felinto estudante de Jornalismo da UFRRJ.
Orientação: Alessandra de Carvalho – docente do curso de Jornalismo.
Acompanhe a cobertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no site: https://snct.im.ufrrj.br/