Ana Claudia Brasil, Hélio Ricardo e Patrícia Abrunhosa trabalharam juntos para realizar o projeto

O projeto de Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro foi aprovado no Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI Capes) em 2015 e levará sete alunos do curso à experiências com a docência em Portugal no próximo período.

O projeto sob o título de “A Educação Democrática como Eixo Norteador da Licenciatura em Biologia: A Formação do Cientista Professor” foi desenvolvido pelos professores, Ana Claudia dos Santos Brasil (Coordenadora), Hélio Ricardo da Silva e Patrícia Alves Abrunhosa (colaboradores). É a segunda vez que o curso tem aprovação no programa e concede a seus alunos a oportunidade de estudarem na Universidade do Porto, recebendo dupla diplomação, de acordo com o número de disciplinas lá cursadas. A primeira aprovação veio em 2011, com o projeto desenvolvido pela professora Maria Verônica Moura. Buscando preparar melhor os alunos que irão participar do programa em 2016, os alunos contemplados em 2011 ministrarão aos colegas oficinas e minicursos sobre suas experiências e vivências na terra do bacalhau.

O objetivo do Programa de Licenciaturas Internacionais é preparar e formar professores em seu desenvolvimento social e cultural, aplicados à docência. O programa, desenvolvido pelo Governo Federal, é supervisionado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que também mantém controle sobre o Ciência Sem Fronteiras.

Para Ana Cláudia Brasil, responsável pelo desenvolvimento do projeto campeão das Ciências Biológicas no ano de 2015, o diferencial mais importante do PLI Capes para o Ciência Sem Fronteiras é a supervisão dos alunos enviado ao intercâmbio. Nesse programa, os alunos selecionados devem à coordenação brasileira e portuguesa a entrega de relatórios de desenvolvimento das atividades, o que garante a todos o retorno desse aluno realmente formado para compor um mercado de trabalho mais qualificado na área da educação.

O processo seletivo envolveu meses de dedicação e pesquisa que alcançaram o resultado esperado: a aprovação. No projeto desenvolvido pela professora Ana Cláudia Brasil e seus colaboradores, os alunos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, deverão estudar de um a dois anos na Universidade do Porto, em Portugal, mantendo uma experiência direta com a Escola da Ponte. Buscando aperfeiçoar seus conhecimentos na disciplina e em novas formas de educação apresentadas pelo colégio.

SELEÇÃO DE PROJETOS

A seleção do projeto, inscrito no final de 2014, envolveu diversas universidades do país e premiou apenas 17, número reduzido devido aos cortes orçamentários. O resultado que já não era mais esperado pelos coordenadores, envolveu uma pré-seleção rigorosa de didática, organização e objetividade do projeto.

E com o mesmo rigor serão selecionados os sete alunos do curso de Ciências Biológicas. Para essa seleção serão estabelecidos critérios determinados pela Capes, a serem divulgados, e entrevistas presenciais com os professores responsáveis.

Os alunos contemplados em participar do programa deverão embarcar para as terras lusitanas em setembro de 2016, recebendo uma bolsa de € 1.500 fixos, além de duas cotas de US$ 1.706,00, uma no início da bolsa e outra no final, de acordo com o edital de 2012.

ESCOLA DA PONTE: EDUCAÇÃO E LIBERDADE DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Localizada no município de Santo Tirso, próximo à Cidade do Porto, a Escola da Ponte não adota modelos padrões de ensino, como provas, avalições ou sequer divisões das disciplinas e formação de séries. Lá os alunos se dividem por áreas de interesse pessoal e organizam-se em grupos e estimulam-se a desenvolverem projetos, que ampliem seus conhecimentos. O objetivo da Escola da Ponte é formar cidadãos que se empenham em formar o coletivo no coletivo.

O projeto da Escola da Ponte desenvolvido pelo educador José Pacheco após o fim da Ditadura em Portugal, já chega a terras Canarinhas, mais precisamente no estado de São Paulo. Para saber mais sobre a Escola da Ponte visite o site do Centro de Referências em Educação Integral, vinculado a Unesco.

Por Letycia Nascimento