O lodo de esgoto, ou biossólido, é uma alternativa econômica, prática e ecológica para o reflorestamento da Mata Atlântica. Foi o que revelou um estudo pioneiro realizado pela Embrapa Agrobiologia (RJ) em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) em plantios de espécies nativas em áreas de restauração florestal. A eficácia dessa prática pode ser comprovada nos viveiros da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro (Cedae), que já produz mais de um milhão de mudas utilizando o material como substrato.
Apesar dos estudos sobre o potencial do uso do lodo de esgoto na agricultura terem iniciado na década de 1980, há até bem pouco tempo não existiam resultados de pesquisa envolvendo o uso de biossólido na restauração florestal. O estudo pioneiro começou no Instituto de Florestas da UFRRJ.
Segundo o professor Paulo Leles, os primeiros experimentos com espécies nativas da Mata Atlântica foram realizados em 2012. Os resultados foram positivos e espécies arbóreas utilizadas em reflorestamento como a Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifoli), Guapuruvu (Schizolobium parahybae) e a Paineira (Ceiba speciosa Ravenna) tiveram progresso acima do esperado. Rico em nutrientes que a planta necessita para seu desenvolvimento, como o nitrogênio e o fósforo, o biossólido é usado uma única vez no plantio ou, no caso de plantios comerciais, uma vez a cada ciclo.
Para saber mais sobre a pesquisa, visite https://bit.ly/2KK0A4R