Estudo busca reaproveitar resíduo como fonte de enzima para a indústria
O reaproveitamento da semente do abacate como matéria-prima para a produção de lipase, uma enzima de alto valor utilizada nas indústrias alimentícia, farmacêutica e de biocombustíveis, foi destaque no site Globo Rural, em 14/5.
Coordenado pelas docentes do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Eliane Pereira Cipolatti e Marisa Fernandes Mendes, o estudo envolve 15 cientistas brasileiros de diversas instituições e conta com parceria internacional com a empresa peruana CITE Agroindustrial Chavimochic.
O estudo é financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), por meio do Edital Jovem Cientista Mulher, e também deu origem ao projeto de extensão Biotec Engenharia.
A professora Eliane explica que a ideia para a pesquisa surgiu após uma visita ao Peru, onde observou os desafios relacionados ao descarte da semente de abacate.
“Eles extraem o óleo do abacate também da semente, só que essa semente acaba gerando um problema de descarte. Quando a gente processa essa semente, ela tem muito óleo ali. E o óleo estimula com que o microrganismo produza essa enzima”, disse Eliane em entrevista ao Globo Rural.
A equipe utiliza farinha da semente como alimento para fungos como Rhizopus oryzae e Aspergillus oryzae, que produzem a enzima. Um dos focos do estudo é reduzir os custos da lipase.
A enzima pode ser utilizada na produção de biodiesel, onde catalisa a transformação de óleos em ésteres que darão origem ao biocombustível. Também é amplamente utilizada na indústria alimentícia para melhorar a textura e o sabor de produtos, como queijos e pães. Na indústria farmacêutica, ela pode auxiliar na digestão de lipídios e na formulação de medicamentos.
Para ler a reportagem, acesse: https://globorural.globo.com/google/amp/inovacao/noticia/2025/05/pesquisadores-transformam-semente-de-abacate-em-fonte-de-enzima-para-a-industria.ghtml
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