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Paradigmas da educação são debatidos nas Aulas Magnas do Câmpus Seropédica
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Tema proposto para debate foi os paradigmas sobre a educação no país e a falácia da diferença entre as Ciências Humanas e Exatas
A Reitoria e a Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro promoveram, nos dias 14 e 15 de agosto, as Aulas Magnas do segundo período letivo de 2017. No Instituto Multidisciplinar, em Nova Iguaçu, o evento começou às 18h30, da última segunda-feira (14), e debateu a temática da expansão do Ensino Superior para a Baixada Fluminense. Já em Seropédica, na terça (15), “Força é igual massa vezes imaginação” foi o gancho dado pela professora de Física do Cefet/RJ e doutora em Filosofia pela Uerj, Elika Takimoto, convidada a palestrar no encontro.
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Reitoria juntamente com a Prograd promovem evento oficial de boas-vindas aos ingressantes do segundo período letivo de 2017
Com o auditório Gustavo Dutra repleto de novos rostos ruralinos, a primeira sessão da Aula Magna de 2017-2 do câmpus Seropédica teve início às 14h30 e contou com a participação de diversos estudantes, coordenadores, professores, pró-reitores e do reitor da Universidade, Ricardo Luiz Louro Berbara, além da presença de Elika. A mestre foi convidada para debater os paradigmas da educação brasileira e desmitificar as diferenças existentes entre as Ciências Humanas e Exatas. A segunda sessão da Aula Magna em Seropédica, voltada aos cursos noturnos da Rural, teve início às 18h30 e incluiu a mesma temática da anterior.
O reitor da UFRRJ, Ricardo Berbara, deu abertura à aula relembrando o cenário político brasileiro desde o impeachment, que tirou do poder a ex-presidenta Dilma Rousseff, e relacionou o acontecimento com os impactos sofridos na democracia brasileira. Antes de apresentar a palestrante, Berbara finalizou dizendo aos ingressantes do segundo período letivo de 2017 que vivessem intensamente não só a universidade, mas também a formação cidadã construída fora do ambiente acadêmico e dentro do convívio social.
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Palestrante Elika Takimoto, professora e coordenadora do Cefet/RJ, inicia Aula Magna com a leitura de um texto reflexivo de sua autoria
Elika iniciou sua palestra lendo um texto produzido por ela. Ao término da palestra, as pessoas ali presentes se dariam conta de que a leitura fazia alusão à relação entre aluno e professor.
A principal indagação da aula foi debater a história do ensino brasileiro e a forma como os cidadãos são doutrinados a não questionar as coisas desde cedo.
“Tem um lado como educador que precisa ser tão importante quanto o conteúdo de ensino”, afirmou a mestre.
O objetivo dela foi mostrar aos estudantes que as Ciências Exatas e Humanas não estão longe, distantes uma da outra quando comparadas. Assim, ela tentou desenvolver nos alunos a consciência crítica e pensante a respeito das teorias científicas:
“Quando você separa, coloca a Física, a Matemática, uma Ciência Exata como algo objetivo é como se tivesse uma verdade única, e que por ser absoluta ela não pode ser questionada. E isso tem implicâncias de como você se comporta dentro da sociedade”.
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Flávia Eduarda se mostrou muito animada com o início das aulas
Flávia Eduarda é caloura de Engenharia de Alimentos e comentou sobre o tema debatido na Aula.
“Eu achei muito importante por uma questão de conscientização, sobre o que está errado e precisa ser mudado, e o que a gente tem que lutar contra”, disse ela. “A diferença do Ensino Médio para a escola é enorme e muita gente não tem acesso a essas coisas, né? Em muitas escolas não têm palestras e conversas assim. E você chegar na universidade e ter, é muito importante!”.
Alice Andrade é estudante do 5º período de Psicologia e menciona a importância da representação estudantil em eventos como esse:
“Eu acho muito importante a participação dos Centros e Diretórios Acadêmicos na Aula Magna, porque é onde os alunos vão ter mais espaço para discutir e vão ter autonomia”.
Em entrevista à Assessoria de Comunicação da Prograd, Elika Takimoto defendeu o diálogo como forma de debate. Para ela, é uma maneira eficaz de fazer parte de uma comunidade que pensa em conjunto e tenta trazer soluções aos problemas atuais.
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Gabriela de Castro (esq.), ingressante no curso de Psicologia, posa ao lado de sua veterana, Alice Andrade
“Eu acho que o importante é a gente sempre dialogar. Trazer o diálogo com os pares e os impares também, eu estou trazendo um tema sobre educação. Na atual conjuntura, eu acho que a gente precisa debater muito esse tema. Eu acredito que a importância é isso! A gente estar nos lugares e convidar mais pessoas a dialogarem, a integrar essa comunidade política”, complementa a doutora.
Ao fim, representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e da Atlética Central da Universidade Rural (Acur) repassaram alguns informes e lembraram a importância de se conscientizar enquanto estudantes e participar ativamente das questões que envolvem a UFRRJ.
Por Allan Rabelo / Assessoria de Comunicação da Prograd
Fotos e Legendas: Letícia Noda / Assessoria de Comunicação da Prograd