No final da tarde de hoje (8/5) a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRRJ foi informada oficialmente de que, em função do “bloqueio de dotações orçamentárias imposto pelo Ministério da Economia ao Ministério da Educação”, a Diretoria Executiva da Capes decidiu recolher “bolsas e taxas escolares não utilizadas no último mês de abril”.
Os dados disponíveis no sistema de gestão das bolsas indicam que das 276 bolsas de mestrado originalmente concedidas pelo programa Demanda Social da Capes à UFRRJ, 14 foram cortadas, atingindo cinco programas e a cota da Pró-Reitoria.
Essas bolsas, por motivos diversos, não estavam cadastradas em nome de nenhum discente no momento, mas seriam destinadas em breve com base no planejamento acadêmico dos diversos programas.
O corte de bolsas, que ocorre em âmbito nacional, constitui mais um retrocesso lamentável num cenário que gera apreensão crescente.
A Capes, juntamente com as demais agências públicas como o CNPq e as fundações estaduais de amparo à pesquisa, têm contribuído decisivamente não apenas para propiciar condições adequadas à formação de profissionais de alta qualificação como também para a elevação da produção científica brasileira.
No caso da Capes, a maior de todas essas agências, as bolsas concedidas aos discentes são o principal instrumento de fomento.
A fragilização do sistema nacional de pós-graduação e a paralisação dos órgãos de financiamento à pesquisa e à inovação ameaçam gravemente conquistas históricas alcançadas ao longo de muitas décadas pela comunidade científica brasileira.
A UFRRJ lutará juntamente com as demais instituições de ensino superior e de pesquisa para reverter esse quadro. É fundamental esclarecer e mobilizar a sociedade brasileira, por meio de todos os meios de divulgação ao nosso alcance, do diálogo com as mais variadas representações sociais e esferas do poder público.
Educação, Ciência e Tecnologia não são despesas supérfluas a serem cortadas diante de dificuldades momentâneas, são investimentos essenciais para assegurar o desenvolvimento soberano e sustentável, a redução das desigualdades sociais e a elevação da qualidade de vida da população no nosso país.
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRRJ