Na última segunda-feira (19/08), o Museu da Química Professora Aparecida Cayoco Ikuhara Ponzoni finalmente abriu suas portas para estudantes e docentes no câmpus Seropédica da UFRRJ, e lotou o Auditório Raimundo Braz Filho, onde está localizado.
O nome foi uma homenagem à professora aposentada Aparecida Cayoco, que marcou a trajetória de centenas de alunos que puderam conhecê-la durante seus 45 anos de licenciatura. “Vim de uma família de poucos recursos e sempre frequentei escola pública, desde o ensino primário até a pós-graduação. Sem o ensino público, eu não conseguiria ter a formação que tive. Durante esses 45 anos, meu trabalho nessa universidade foi uma das forças de incentivo na minha vida”, declarou a professora durante sua palestra, que contou com experimentos lúdicos que animaram toda a plateia.
Para Andressa Esteves, curadora do acervo do museu e professora da UFRRJ (DQO/IQ), ter acesso aos instrumentos que fazem parte da história e evolução da Química e do Instituto é uma maneira de sair da teoria e garantir que os estudantes tenham contato direto, pela prática, com a ciência. “A ideia de fazer o museu em uma das salas mais utilizadas do Instituto teve o intuito de permitir que todos que estejam aqui, seja para assistir uma aula, palestra ou apenas para visitar, possam conhecer um pouco da história da ciência e do Instituto de Química”, explica.
Cayoco também relembra a importância para sua formação ter tido contato com experimentos científicos quando criança. “Eu tive um professor muito bom de ciências. Lembro que, com um experimento simples e lúdico, ele nos ensinou a teoria cinética dos gases. Quando cheguei na universidade aprendi melhor, mas o princípio eu já sabia desde os 13 anos”, conta a professora. “O museu, para mim, é muito importante porque ele é um espaço em que as pessoas e, principalmente, os alunos e as crianças podem ver os aparelhos antigos e acompanhar esse processo de evolução. Você só aprende fazendo as coisas, não adianta apenas olhar ou ouvir. Esse é um modo que eu acho de aprender”, acrescenta.
História por trás da criação do museu
O projeto de extensão que originou o museu surgiu em 2019, quando ocorreu a exposição do acervo do Instituto de Química na 16º Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Ele reúne equipamentos científicos, documentos e fotos que contam a história do Instituto e a evolução dos estudos em química. Mas foi apenas em 2021 que o Museu da Química foi oficialmente criado através da RESOLUÇÃO Nº 01/2021 PROEXT/NAAC.
Hoje ele está aberto ao público para visitação mediante agendamento via formulário online. Mas Andressa informa que há previsão de que algumas atividades lúdicas, experimentos e oficinas sejam organizados futuramente.
A equipe do Museu é formada por técnicos, docentes e discentes do Instituto de Química, que compõem o Grupo de Extensão em Práticas de Ensino de Ciências (Gepec), e do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS). O projeto também possui parceria com o Instituto Nacional de Ensino de Surdos (INES), Pró-reitoria de Extensão da UFRRJ (Proext) e Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UFRRJ (NAI).
Para mais informações sobre o Museu da Química, acesse: https://museudaquimica.ufrrj.br/
Texto: Yasmin Alves, bolsista de Jornalismo da CCS/UFRRJ
Fotos: Miriam Braz, jornalista da CCS
Edição e publicação: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS