O projeto Movimento Saúde, realizado em 19/03, na Praça da Alegria da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), câmpus Seropédica, superou expectativas com a realização de 127 testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), todos conduzidos conforme os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além dos exames, o evento ofereceu atendimentos gratuitos em saúde física e mental, consolidando-se como uma ação de prevenção e promoção do bem-estar dentro e fora do ambiente acadêmico.
A iniciativa, organizada pelo Departamento de Esporte e Lazer em parceria com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes), contou com o apoio de entidades como a ONG Pela Vidda, o projeto Derrubando Muros e o Movimento Popular Construindo uma Nova Seropédica. Agora, os organizadores miram uma expansão do projeto para a Baixada Fluminense, região que enfrenta carência de políticas preventivas em saúde.
Prevenção que alivia o SUS e salva vidas
Thiago Rosa, diretor do Departamento de Esporte e Lazer da UFRRJ, destacou a importância de ampliar o alcance do Movimento Saúde: “A Baixada Fluminense é uma região que sofre com a escassez de iniciativas preventivas em saúde. Levar ações como essa para além dos muros da universidade não só melhora a qualidade de vida da população, mas também gera uma economicidade para o SUS, que hoje enfrenta uma sobrecarga de demandas. Quando atuamos na prevenção, reduzimos os custos com tratamentos de doenças evitáveis e, mais importante, salvamos vidas”, ressaltou.
A fala de Thiago reforça o caráter estratégico do projeto, que alia educação em saúde, atendimento humanizado e impacto social, aliviando a pressão sobre o sistema público e garantindo acesso a serviços essenciais para populações vulneráveis.
Próximos passos: da Universidade para a comunidade
Com os 127 testes de ISTs realizados e devidamente orientados, além de centenas de outros atendimentos, o Movimento Saúde comprovou sua eficácia como modelo de intervenção comunitária. A proposta agora é fortalecer parcerias com prefeituras, movimentos sociais e órgãos de saúde para estender as ações a municípios da Baixada, como Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São João de Meriti.
“Queremos transformar esse projeto em uma política permanente, levando não só testes e consultas, mas também oficinas de prevenção, rodas de conversa e capacitação de agentes comunitários,” complementou Thiago Rosa.
UFRRJ como agente de transformação social
A iniciativa reforça o compromisso da UFRRJ com a integração entre universidade e sociedade, promovendo saúde de forma acessível, gratuita e de qualidade. Para a Reitoria, a expansão do Movimento Saúde representa um passo fundamental na consolidação da universidade como espaço de inovação e impacto social positivo.
Enquanto os organizadores trabalham nos detalhes da próxima edição, uma coisa é certa: a saúde pública ganha quando a universidade ocupa seu papel de agente transformador.
Texto e fotos: João Vitor Freitas, estudante de Jornalismo da UFRRJ em colaboração com o DEL/Proext