


A 8ª Semana Acadêmica de Jornalismo da UFRRJ recebeu, em seu primeiro dia, referências da Comunicação Popular e Sindical no Rio de Janeiro. Realizada em 3 de novembro, no auditório Paulo Freire, a mesa “Comunicação Popular e Sindical” abriu o evento com reflexões sobre como comunicar pode ser um ato político e transformador.
O evento foi aberto por Rodrigo Maciel, estudante de Jornalismo da UFRRJ e coordenador do Centro Acadêmico de Comunicação, que agradeceu aos presentes e introduziu o tema da noite. A mediação seguiu com a comunicadora e socióloga Luísa Souto, do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), que destacou o avanço da comunicação popular no país e a importância de dar voz às comunidades e movimentos sociais.
Para Luísa, “a comunicação popular tem que sempre caminhar no sentido oposto, na coletividade, na solidariedade, na construção conjunta. É isso que nós, do NPC, tentamos fazer, e vocês, como estudantes de comunicação, podem fazer também”, afirma.
Ela reforçou ainda o papel dos futuros comunicadores nesse processo: “A gente está em busca de estudantes de comunicação que acreditam nessa parte da comunicação, comprometida com a construção de uma sociedade mais justa, mais solidária e diferente do que a gente tem vivido, infelizmente”, conta Luísa.
Já Maria Carolina Morganti, produtora e repórter da TV Globo, compartilhou sua trajetória, marcada pela experiência tanto no jornal comunitário Voz das Comunidades quanto na chamada “grande mídia”, mostrando que é possível manter o compromisso com a escuta e a transformação social em diferentes espaços: “A comunicação é uma ferramenta muito poderosa, mas ela só faz sentido se nós, como comunicadores e jornalistas, acreditarmos na construção conjunta”, explica Maria Carolina.
As convidadas reforçaram a ideia de uma “comunicação com propósito”, que ultrapassa a simples transmissão de informações. Segundo os palestrantes, comunicar é também um ato de engajamento e transformação, que deve servir para fortalecer vozes, promover justiça social e construir pontes entre diferentes realidades.
Texto: Laís Veiga – Curso de Jornalismo da UFRRJ.
Revisão Editorial: Rodrigo Maciel – Curso de Jornalismo da UFRRJ.