O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ofertará 1,25 milhão de vagas para curso de educação especial na perspectiva da educação inclusiva.
A formação será realizada por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade Federal de Goiás (UFG).
Com carga horário de 120 horas, o curso será voltado para todos os professores que atuam em sala de aula de educação básica do país e será ofertado na modalidade a distância do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Capes.
As inscrições começarão a partir de 21 de outubro, com oferta inicial de 250 mil vagas. A cerimônia de lançamento do curso acontece em novembro e as aulas terão início em março de 2025. A formação composta por quatro módulos: Direitos Humanos, Diversidade e Educação Inclusiva; Desenvolvimento Humano, Ensino e Aprendizagem na Perspectiva da Educação Inclusiva; Currículo, Tecnologias e Práticas Pedagógicas Inclusivas; e Práticas, Recursos e Materiais Pedagógicos Inclusivos na Escola.
De acordo com o Censo Escolar 2023, há no Brasil 1,5 milhão de alunos da educação especial matriculados em classes comuns na educação básica da rede pública de ensino. O dado evidencia a importância de investimentos na formação dos professores para o aprimoramento do trabalho pedagógico nas escolas.
Curso de Licenciatura em Educação Especial da UFRRJ
A UFRRJ, desde 2023, oferta 400 vagas anuais para o curso de Licenciatura em Educação Especial, distribuídas entre os polos Seropédica, Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu, Presidente Vargas e Três Rios.
A Universidade foi a terceira instituição pública de ensino superior do país a oferecer um curso na área e a primeira no estado do Rio de Janeiro. A graduação é semipresencial e é fruto de discussões realizadas no Fórum Permanente de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva da Baixada e Sul Fluminense e no Fórum Intermunicipal de Inclusão, a partir dos resultados de um projeto de pesquisa coordenado pela docente Márcia Denise Pletsch, coordenadora geral do NAI (Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UFRRJ). O curso inova por focar nos direitos humanos das pessoas com deficiência, dando centralidade à acessibilidade e suas diferentes dimensões, assim como o uso de tecnologia assistiva, principalmente a de baixo custo, que é a mais usada nas escolas públicas.
Plano de Acessibilidade da UFRRJ
Em 2021, foi aprovado o Plano de Acessibilidade da UFRRJ. Dentre as ações previstas no Plano, está um conjunto de iniciativas em prol da acessibilidade nos âmbitos arquitetônico, tecnológico, comunicacional, metodológico/pedagógico e atitudinal. Em março deste ano, foram concluídas as instalações de rampas e rotas acessíveis do câmpus Nova Iguaçu. A obra concluída no Instituto Multidisciplinar integra as iniciativas de acessibilidade física e arquitetônica, prevista no Plano como “rotas acessíveis”.
Já em julho deste ano foram concluídas as obras de acessibilidade no ICHS, ICSA e IE da UFRRJ, câmpus Seropédica. Na ocasião, o reitor da Universidade, professor Roberto Rodrigues, destacou que, mesmo com a redução do orçamento das universidades federais nos últimos anos, a Rural continua avançando para se tornar uma referência no tema. “Hoje, a UFRRJ tem sido chamada por diversas universidades federais para apresentar nossas iniciativas em acessibilidade, não só física, mas também pedagógica e digital”, afirmou o reitor à época.
Texto: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ
Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MEC