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Grupo de Extensão do ICHS atua em atenção aos atingidos por desastre climático

Acadêmico | 10/04/2025 - 13:34

Dois anos depois da tragédia em São Sebastião (SP), alunos e professores da UFRRJ trabalham com uma comunidade que, além de lidar com os traumas, ainda precisa lutar por direitos.

Placa em memória às vítimas da tragédia – Foto: Kaio Magalhães

“Tem muitas pessoas que ainda estão em choque, como se aquilo que a gente viveu naquela madrugada fosse um pesadelo, e eu queria que fosse um pesadelo para eu acordar, mas nunca acordava”, diz Sara Regina, 46 anos, mãe solo que ainda convive com os medos compartilhados por vários outros atingidos pela catástrofe ocorrida há dois anos em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo.

Na madrugada do dia 19 de fevereiro de 2023, durante o feriado de Carnaval, fortes chuvas atingiram a região. Em Bertioga, cidade vizinha a São Sebastião, o acumulado de chuvas foi o maior já registrado na história, com 682 milímetros em 24 horas, segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden).

O evento extremo causou enchentes e deslizamentos de terra em vários pontos da cidade, 64 pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas. Sara lembra que naquele dia “ouvia gritos, muitos gritos. Era pedido de socorro, mas eu não conseguia ouvir que era socorro. Logo eu imaginei: ‘era uma briga’. Quando eu saí no quintal, eu ouvi aqueles gritos constantes e aumentavam cada vez mais”.

Sara, que ainda mora na Vila Sahy, bairro mais afetado pelas chuvas, diz que o resgate feito pelos próprios moradores nas primeiras horas foi fundamental. Explicou que o poder público não conseguiria agir pois “ao mesmo tempo que cedeu o morro aqui, caíram barreiras nas estradas” e completou: “foram os próprios moradores se virando, um no meio da lama tentando socorrer o outro”.

Nem todos que salvaram essas vidas conseguiram sobreviver, Sara conta que alguns batiam várias vezes no seu portão de ferro para avisar o que estava acontecendo, mas que “quando veio aquela enxurrada toda, com destroços, com tudo, infelizmente pegou a maioria dessas pessoas que estavam no meio do caminho chamando os outros”.

“Não morreu mais gente nessa tragédia porque a população se reuniu, o povo se uniu”, confirma Gisele Jesus, 33 anos, que saiu da Bahia com seis anos de idade para tentar uma vida melhor em São Sebastião. Moradora do mesmo bairro de Sara, perdeu tudo que tinha em casa.

Passados dois anos da tragédia, Gisele ainda não se sente segura, disse que qualquer chuva já fica em alerta: “ontem mesmo choveu e eu fiquei em pânico para poder dormir”. Contou que o telhado de “brasilit” que cobre a casa ecoa todo o barulho da chuva. Assim como Gisele, a filha de Sara vive o medo de uma nova tragédia: “qualquer chuvinha minha filha já arruma a mala”.

Bairro Vila do Sahy – Foto: Kaio Magalhães

Maria Joana, 71 anos, também baiana, compartilha do mesmo sentimento. Ela, que vende salgados e caldos no início da rua, contou: “quando chove eu não coloco a barraquinha porque eu tenho medo ainda”. Serena, ela muda o tom dizendo que “o pessoal fala ‘passou’, mas não passou. Fica tudo aqui na memória da gente, nunca vou esquecer”.


Ruínas de uma casa- Foto: Kaio Magalhães

O medo de um novo desastre e as incertezas sobre o acesso a direitos mais básicos – como moradia e alimentação – afetam a saúde mental dos atingidos. Sara observa que “as pessoas ficaram muito abaladas. Quem tinha aquele fôlego de vida, pessoas que eram felizes, alegres, hoje você não vê mais brilho no olhar dessas pessoas, você não vê sorriso”, e continua, “onde houve essa tragédia eu vejo como uma bomba-relógio”.

Ela avalia que a causa do desastre foram as mudanças climáticas, diz que “o homem que está acabando com a natureza”. Culpa também o sistema econômico: “essa desigualdade social que a gente não tem onde morar. A gente mora onde é mais barato e só nos resta mesmo as encostas dos morros para o povo mais vulnerável”.

Ao todo, 704 moradias haviam sido entregues pelo Governo do Estado de São Paulo até fevereiro de 2024, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação. Foram 518 imóveis no bairro Baleia Verde e 186 em Maresias. Os “predinhos”, como são conhecidos pelos moradores, foram feitos em tecnologia modular e apresentam uma estrutura mal arejada de pouco mais de 40 metros quadrados.

Conjunto Habitacional construído na Baleia Verde para as vítimas – Foto: Kaio Magalhães

Ações do Projeto de Extensão 

Em fevereiro de 2025, mês que marcou dois anos da calamidade, um ato em memória das vítimas e resistência dos moradores foi realizado no bairro de Boiçucanga, em São Sebastião. O evento, que contou com palestras sobre mudanças climáticas, era por vezes encorajado por palavras de luta pelos direitos dos atingidos, além de depoimentos dos próprios moradores.

Ato em memória e resistência dos atingidos

O ato faz parte do cronograma de um projeto – mais amplo – que busca a criação de uma Clínica de Acesso à Justiça para aqueles que foram afetados de alguma forma pela catástrofe.

O projeto “Clínica de acesso à Justiça para populações atingidas por desastres climáticos em São Sebastião/SP” é resultado de uma parceria entre a UFRRJ e o Movimento Atingidos por Barragens de São Paulo (MAB-SP), com apoio financeiro do Ministério da Justiça.

Flávia Braga, professora do Departamento de Ciências Sociais, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFFRJ e coordenadora do projeto, diz que, além de levantar demandas, “a ideia é contribuir para que o povo organizado possa acessar seus direitos junto ao poder público e às instituições de Justiça”.

O programa funciona a partir de três eixos: o levantamento – em São Sebastião – de demandas da população atingida; um curso de abrangência nacional, realizado mensalmente com especialistas em meio ambiente, professores e alunos da Rural e com os próprios atingidos, além de um material de produção técnica sobre a construção do projeto.

Docentes e discentes da graduação e pós-graduação da UFRRJ e integrantes do MAB-SP estiveram em fevereiro em São Sebastião para o evento e para a aplicação de um questionário. O objetivo é sistematizar as principais necessidades da população atingida. Na oportunidade, foi distribuído o boletim “Desastres Climáticos no Brasil. Direitos dos Atingidos em São Sebastião” elaborado pelo grupo. “Para nós é muito importante que a Universidade possa produzir conhecimento com e para a sociedade civil organizada”, diz Flávia.

O boletim “Desastres Climáticos no Brasil. Direitos dos Atingidos em São Sebastião” está disponível aqui.

Boletim sobre direitos dos atingidos produzido pela equipe do projeto – Foto: Kaio Magalhães

Imagens: Kaio Magalhães e MAB-SP

Texto: Kaio Magalhães, estudante do curso de jornalismo e bolsista do projeto.

Supervisão: Alessandra de Carvalho, professora do curso de jornalismo, integrante do projeto de extensão

Texto publicado originalmente em: https://institutos.ufrrj.br/ichs/ grupo-de-extensao-desastre-climatico/

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