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Friperj oficializa a sua criação em assembleia que uniu reitores, parlamentares e a comunidade acadêmica de Instituições federais e estaduais do RJ
Com a oficialização do Fórum de Reitores do Estado do Rio de Janeiro, uma sede oficial também foi estabelecida, e ficará situada no prédio da reitoria do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).
A fundação do Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj), realizada oficialmente em assembleia nesta segunda-feira (19/08), tem como objetivo torná-lo uma organização permanente. Apesar de a parceria entre as instituições ter cerca de dois anos, a assembleia firma juridicamente a criação do Fórum e garante a sua permanência ao longo da história do Rio de Janeiro. O evento aconteceu no auditório 01, do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET/Maracanã).
No evento, o presidente do Friperj e reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), professor Roberto Rodrigues, aprovou, junto com os reitores das Instituições que integram o fórum, o estatuto do Friperj. A partir disso, os reitores e as reitoras assinaram a ata que oficializou, de fato, a criação da organização, na presença de um advogado representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Após a formalidade, os representantes da Friperj discursaram sobre a importância da união entre as instituições públicas de educação do Estado do Rio de Janeiro, em um momento de desafios tanto em âmbito nacional, como regional.

Parte dos presentes na assembleia histórica de criação da Friperj
Declarações
“O Ensino Superior é para propor políticas, para debater, trazer propostas, discutir através e com base na ciência. Se estamos direcionando nosso pensamento para pagar conta de luz, está errado”, declarou o reitor da UFRRJ, Roberto Rodrigues.
“As lutas coletivas são sempre multi-direcionadas. Todos nós sabemos como isso é importante para essas instituições. Nós necessitamos que o mundo político compreenda a realidade dos reitores de nossas universidades”, discursou o reitor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), professor José da Costa.
“A gente quer discutir uma política de assistência estudantil sólida, coerente, e de qualidade. Podemos pensar juntos quais são os desafios do estado. Unir-se e pensar coletivamente é muito positivo”, afirmou a reitora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Gulnar Azevedo.
Com a oficialização do Fórum de Reitores, a expectativa agora é de uma maior integração das instituições do Estado do Rio de Janeiro e estreitamento do diálogo das universidades com a sociedade para o enfrentamento dos problemas do estado. Desde 2022, quando a união das instituições começou a se fortalecer, algumas parcerias foram feitas no sentido de desenvolvimento regional e de pensar soluções para o Estado do Rio de Janeiro. O apoio de ministérios do governo federal é apenas uma das vertentes dessas parcerias, que promovem a integração dos projetos de ensino, pesquisa e extensão com a comunidade. Exemplo disso foi o lançamento do Programa Permanente de Estudos sobre o Estado do Rio de Janeiro, feito no dia (20/05), no IFRJ.
Do Rio de Janeiro para o Rio de Janeiro
O Programa Permanente, formado por 10 pesquisadores indicados por cada instituição pública integrada ao Friperj, é coordenado pelos professores Mauro Osório, professor titular da Escola Nacional do Direito da UFRJ, e Viviana Freitas, do Departamento de Ciências Econômicas e atual coordenadora do Programa de Pós-graduação em Economia Regional e Desenvolvimento, da UFRRJ.
A proposta do Programa Permanente é tornar o Estado do Rio de Janeiro um centro de pesquisas e hospedar os resultados desses estudos em um site com uma vasta base de dados sobre a região. Entre os dados que os pesquisadores pretendem coletar estão: dados sobre o mercado de trabalho, Produto Interno Bruto (PIB), dados sociais, econômicos, ambientais e culturais. Além disso, o comitê pretende criar boletins conjunturais trimestrais, para analisar estritamente os dados antes de repassar para a comunidade, com o objetivo de que todos conheçam mais a fundo a realidade do Estado.

A coordenadora do Programa de Pesquisa Permanente sobre o Estado do Rio de Janeiro, Viviana Freitas; o reitor da UFRRJ, Roberto Rodrigues; o Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação, Leandro Dias
“Quando a gente estuda a fundo alguma questão, conseguimos entender de onde vem os erros, por onde começar e propor soluções para o estado em termos de políticas públicas para que possamos sair dessa crise. A gente quer que as universidades atravessem os muros, para o bem-estar da sociedade”, ressaltou a coordenadora do Programa Permanente do Friperj, Viviana Freitas.
Eventos
O objetivo agora é reunir pesquisas que já trouxeram o Rio de Janeiro para os holofotes. A ideia é agregar esses pesquisadores que olham para o estado, junto ao Friperj, e poder atuar nas raízes dos problemas apontados pelos estudos. Para tanto, será promovido entre os dias 25 a 27 de novembro deste ano o primeiro Seminário de estudos sobre o estado do Rio de Janeiro (I SEERJ), que vai acontecer concomitante ao terceiro Seminário de Economia Fluminense (III SEF).
Os seminários serão divididos em 12 eixos temáticos: Políticas de saúde, Políticas de educação, Estrutura produtiva fluminense, Configuração territorial, Segurança pública, Ambientes mudanças climáticas e transição energética, Cultura e conhecimento como práticas da liberdade, Infraestrutura e logística, Mobilidade urbana, Crise institucional fluminense, Relações étnico-raciais e de gênero, Memórias e história.
Ainda no final da assembleia de fundação, o grupo de pesquisadores do Friperj se reuniu com um comitê de especialistas para avaliar os artigos que irão compor a programação preliminar dos seminários.
“Então a ideia é ajudar e subsidiar o debate para a sociedade, integrando as Universidades, pensando no estado do Rio de Janeiro para a gente sair desse ciclo vicioso; e não termos mais estudantes mortos com a guerra, colocando esse estado em um círculo virtuoso. A gente está em uma crise muito pesada e a ideia é botar as universidades estudando e discutindo com a sociedade. Quais as causas dessa crise, como sair dela, é isso que a gente vai fazer”, finalizou o professor da UFRJ e coordenador do Programa Permanente, Mauro Osório.
O evento contou com a participação de Roberto Rodrigues, reitor da UFRRJ e presidente da organização; Rafael Almada, reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e vice-presidente; Victor Saraiva, reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF) e tesoureiro; Maurício Saldanha, diretor do CEFET-RJ; Rosana Rodrigues, reitora da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Ana Paula Giraux, reitora do Dom Pedro II; Antonio Claudio Nóbrega, reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF); Roberto Medronho, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); José da Costa, reitor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio); Gulnar Azevedo, reitora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); Leandro Dias, Pró–Reitor Adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRRJ; Gabriela Rizo, coordenadora de Educação a Distância (EaD) da UFRRJ; o Subsecretário municipal do Rio de Janeiro, Renato Cony; o superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Rio de Janeiro, Vitor Tinoco; o presidente do CREA-RJ, Miguel Alvarenga; representantes da Firjan; representantes do IPEA; da associação brasileira dos economistas; da UNE-RJ; da associação comercial do Rio de Janeiro; parte da comunidade acadêmica, além de deputados estaduais e federais.
Serviço
Para saber mais informações sobre o I SEERJ e o III SEF, acesse: https://eventos.ufrrj.br/sef/programacao/
Texto: Matheus Mendonça, bolsista de Jornalismo da CCS
Fotos, edição e publicação: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS
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