Evento reuniu representantes de 75 empresas, universidades e instituições de pesquisa
Em um ambiente agradável e motivador, realizou-se mais uma etapa da implantação do projeto Polo Tecnológico do Mar, no dia 16/7, no campus Seropédica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Antes de chegarem ao auditório Professor Gusmão, cerca de 140 participantes do evento já encontravam, no corredor, barracas da Feira da Agricultura Familiar, com produtos frescos da região; e na antessala do auditório, eram recebidos por música tocada por integrantes da banda do Centro de Arte e Cultura (CAC).
O Polo Tecnológico do Mar é um programa que visa articular as universidades e institutos de pesquisa com empresas da região da Baía de Sepetiba para incentivar projetos socioambientais, de tecnologia e inovação, além de organizar cadeias produtivas. O Fórum que aconteceu na última semana é a terceira reunião sobre este grande projeto que vem sendo construído desde o início de 2018. Em junho, docentes da UFRRJ apresentaram projetos científicos para representantes do Polo, a partir de uma chamada pública realizada pela administração central.
A abertura do Fórum na UFRRJ foi presidida pelo reitor da Universidade Rural Ricardo Berbara. Compuseram a mesa, além do reitor, o contra-almirante Paulo Cesar Demby, assessor chefe de relações institucionais e comunicação social da Diretoria Geral de desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha; Oscar Moreira da Silva Filho, diretor administrativo da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep); Filippo Scelza, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro; Carlos Alberto de Oliveira, diretor de administração da empresa Itaguaí Construções Navais (ICN); Dulce Angela Procópio conselheira do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae); e Jorge Almeida Guimarães presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e de Inovação Industrial (Embrapii).
Em seu discurso, o reitor recordou o começo do projeto, quando o polo ainda era um sonho. “Com o André Portalis, presidente da ICN, e com o Almirante Seixas, presidente da Nuclep, comentei que quem construiu um submarino seria capaz de planejar um polo tecnológico. E a partir do desafio que assumimos, iniciamos um processo de estruturação deste que será um dos mais importantes polos do nosso país”, relatou Berbara.
O coordenador de projetos da ICN e ex-aluno da Rural, Vinícius Leite, fez uma apresentação explicando as bases do Polo do Mar. Ele elucidou que a iniciativa tem como objetivo criar um “cluster” entre as empresas da região da Baía de Sepetiba e as universidades, a fim de alavancar o desenvolvimento regional em três eixos: inovação e tecnologia; articulação de cadeias produtivas e projetos socioambientais.
Parcerias e cooperação técnica
Um momento importante do evento foi a assinatura do protocolo de intenções entre as instituições participantes do Polo Tecnológico do Mar: da UFRRJ, o reitor Ricardo Berbara; da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o reitor Ruy Garcia Marques; do Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo), a reitora Maria Cristina de Assis; do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ); e da Secretaria de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, o subsecretário Filippo Scelza.
O protocolo assinado visa estabelecer uma parceria para o desenvolvimento tecnológico e de inovação na região da Baía de Sepetiba. As instituições participarão com o conhecimento, infraestrutura e equipes técnicas.
Um termo de cooperação entre a UFRRJ, a Pro-Natura e a Fundação Odebrecht também foi assinado pelo reitor da Universidade Rural; por Fabiano Machado, diretor financeiro da Pro-Natura; e pela gerente de sustentabilidade da Fundação Odebrecht, Cristiane Costa Nascimento. Este documento prevê o desenvolvimento da agricultura familiar na região, em especial da Fazenda Agroecológica Km47, fruto da parceria entre Rural, Embrapa Agrobiologia e Pesagro-Rio.
Outra pauta do evento foi o empreendorismo de jovens cientistas. Mariana Bottino, consultora estratégica de negócios em ciência do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, destacou exemplos de estudantes e startups que aliaram sólida formação acadêmica ao desenvolvimento de tecnologias inovadoras.
Dezessete projetos das instituições presentes foram apresentados por pesquisadores de diversas áreas como agroecologia, agricultura familiar, bioenergia, energia solar, tratamento de resíduos, agregação de valor a pesca marinha, equoterapia, turismo de base comunitária e patrimônio. Ao longo dos próximos meses, outras ações serão desenvolvidas para estruturação desses projetos.
Texto: Comunicação Proext