II Encontro de Prática Equoterápica na Rural reúne professores, bolsistas, crianças e seus pais na luta de conscientização do autismo (Foto: Kleber Costa/Assessoria Prograd)
O Projeto de Equoterapia do Pibid na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro realizou hoje (05) seu II Encontro Equoterápico na Semana de Conscientização do Autismo. A manhã reuniu pró-reitores, coordenadores, bolsistas, voluntários, pais e alunos da rede municipal de ensino. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) também compareceu ao evento no Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic) Paulo Dacorso Filho, ao lado do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS).
O Coordenador do projeto é o professor de Educação Física, José Ricardo. Ele conta que a Equoterapia teve início em 2013 junto a professores de Psicologia e Zootecnia da Universidade.
José Ricardo é coordenador do Projeto desde 2013 (Foto: Kleber Costa / Assessoria Prograd)
“É notório ver a diferença e o crescimento das crianças com autismo tratadas na escola, seu crescimento psicomotor, social e motor”, comemora.
A secretária do Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola, Marize Setubal, participou do evento acompanhando o neto de 3 anos. Ela garante que, em um ano de tratamento com a equoterapia, a evolução dele é diária e notória, desde o desenvolvimento da interação social à comunicação.
“Os bolsistas são excelentes, de uma dedicação e carinho tremendos”, garantiu satisfeita.
Monica Severina, moradora de Seropédica, levou a sobrinha portadora da Síndrome de Down Elquer para participar do evento e testar mais uma forma de tratamento, a Equoterapia.
A aluna do 7º período de Zootecnia Carolina Cavedone é bolsista do Projeto pela Faperj. Ela comenta que é fácil perceber todo o desenvolvimento das crianças que participam do projeto:
“Muitos chegaram aqui sem falar e extremamente retraídos e a gente percebe o quanto isso muda com a atividade”.
Camila Gomes comenta sobre seu envolvimento com o projeto de Equoterapia (Foto: Kleber Costa)
Em seu desenvolvimento acadêmico, Carolina vê a participação do projeto como uma ótima forma de introduzir no cotidiano o preparo dos cavalos para as atividades do projeto, desde a alimentação aos cuidados como a limpeza do animal.
Camila Borges é aluna de Educação Física e bolsista do projeto há um ano e meio. Nesse tempo, também pode perceber o grande desenvolvimento social e psicomotor das crianças:
“É uma experiência ímpar lidar com as crianças especiais. O retorno que a gente tem deles é muito grande.”
A organização do evento foi realizada em reuniões interdisciplinares semanais para planejar todas as atividades e circuitos a serem trabalhados.
Por enquanto o Projeto só trabalha com autistas, mas pretende estender para outras realidades assim que o novo galpão de Zootecnia ficar pronto.
Carla Araújo, voluntária no Projeto, é aluna do 8º período de Ciências Contábeis. Ela participa dos encontros da Equoterapia há seis meses e se encantou com todo o universo do projeto. Foi após participar de uma palestra sobre a atividade na Semana Acadêmica de Educação Física, que decidiu se tornar voluntária e contribuir para o crescimento e melhoramento da Equoterapia.