José Cláudio Souza Alves, docente do Departamento de Ciências Sociais/ICHS da UFRRJ, autor do livro “Dos Barões ao Extermínio: uma história da violência na Baixada Fluminense“, pesquisa sobre a atuação da milícia no estado do Rio de Janeiro. Por conta da relevância de seus estudos para a compreensão do atual cenário político e social no estado do Rio, o docente vem sendo procurado pela mídia local e nacional para tratar sobre o crescimento da atuação das milícias no estado.
Ao jornal Destak, de 10 de abril de 2018, José Cláudio explica por que, em sua opinião, as milícias se tornaram uma ameaça maior do que o tráfico: “Eles passam a dominar todos os processos internos. Matam pessoas, matam parlamentares agora. Eles se aliam a grupos econômicos fortes. Tenho informações de que milicianos ocupam cargos em secretarias na Baixada e têm contato direto com prefeitos. Os caras com mão na estrutura política, secretários municipais, que fazem grandes acordos com empresas, são os milicianos. Eles têm muito mais poder a meu ver. O tráfico tenta se expandir, de maneira pulverizada, mas mesmo assim as milícias me assustam mais pela penetração, alianças e dimensão dentro da estrutura do Estado”.
Em entrevista à Revista Brasil, da rede EBC, em 9 de abril de 2018, o docente destacou: “as milícias são uma realidade mais profunda e mais complexa do que se vê, e para cada miliciano preso, você tem 100 milicianos para entrar no lugar dele”, referindo-se à recente operação policial contra milicianos no Rio de Janeiro, que resultou em 142 prisões e quatro mortes.
Também em 10 de abril, José Cláudio participou do tradicional programa de entrevistas e debates Sem Censura, no qual trouxe à discussão o tema das milícias no Rio de Janeiro. Para acessar o programa, visite o Facebook do programa Sem Censura.
Para acessar as reportagens do Destak e da Revista Brasil, visite https://goo.gl/L8a352 e https://goo.gl/X3wTJc