O projeto de pesquisa-ação “De Braços Abertos: Um Olhar Sobre o Acolhimento de Refugiados no Rio De Janeiro”, Edital 09/2018 – PROEXT/ UFRRJ foi um estudo sobre a condição dos refugiados no estado do Rio de Janeiro foi uma possibilidade de acompanhar o crescimento o significativo crescimento número de refugiados no Brasil. Teve o objetivo de investigar como vivem os refugiados no Rio de Janeiro, conhecendo, analisando e compreendendo os desafios encontrados para a inserção na sociedade e o acesso aos direitos no contexto social vivido. O público beneficiado pelo projeto foram refugiados, homens e mulheres, jovens e adultos que residem na cidade do Rio de Janeiro, atendidos pelas entidades acolhedoras parceiras da pesquisa. Através da metodologia participativa foram realizadas entrevistas semi-estruturadas nas instituições acolhedoras com membros do Programa de Atendimento aos Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES) da Cáritas RJ, da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ) juntamente à Coordenadoria de migração e refúgio e ao Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de atenção aos Refugiados e Migrantes (CEIPARM), das ONGs Abraço Cultural, MAWON e África do Coração e também com refugiados que se depuseram a responder o formulário online disponibilizado na plataforma do Google. Buscou-se com a pesquisa, compreender como vivem os refugiados no Rio de Janeiro, focando na questão da cidadania como um direito dos mesmos. Os dados revelaram que as necessidades mais recorrentes entre os refugiados estão relacionadas à autonomia; emprego; saúde; moradia; educação; regulamentação da documentação; reconhecimento cultural; etc. Foi observado que, mesmo com dificuldades e obstáculos a serem superados, a esperança de (re)construção suas vidas no espaço carioca é uma meta a ser alcançada.Compreende-se que a cidadania plena aos refugiados se concretiza, a partir do momento que os mesmos sejam percebidos como iguais diante das relações sociais. Vale ressaltar a necessidade de mais envolvimento do Estado na promoção e proteção aos direitos da humanidade, a liberdade dos indivíduos e de toda sociedade carioca no acolhimento dos refugiados no Rio de Janeiro. Assim, clamar por direitos iguais a “todos os homens” também inclui clamar por direitos iguais aos homens, mulheres e crianças refugiados, que buscam reconstruir suas vidas em solo brasileiro.