O curso de Belas Artes convida toda a Comunidade Acadêmica e visitantes da UFRRJ para a exposição coletiva “Em Processo”, que faz parte do projeto “Espaços Ocupados” e foi inaugurada na última segunda-feira (11), no Pavilhão de Aulas Práticas do curso (PAP), entre o Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT) e o Instituto de Zootecnia, no Câmpus Seropédica. A exposição, que conta com cerca de 50 obras, está aberta para visitação até o dia 22 de dezembro, das 13h às 21h.
Em Processo
A exposição “Em Processo” reúne os trabalhos realizados pelos alunos inscritos nas disciplinas “Plástica I”, “Procedimentos Escultóricos” e “Projeto Artístico de Escultura” em 2017-2. A curadoria é da professora responsável pelas disciplinas, Marina Vergara, que chegou à Rural no início deste ano, com o auxílio do técnico Thalles Vuson e da monitora Patrícia Lego.
Em entrevista à Assessoria de Comunicação da Prograd, Marina comenta o que a motivou a criar o projeto. Para ela, havia uma ausência da arte no laboratório prático de Belas Artes e, por isso, decidiu ocupar os lugares ali disponíveis com o “Espaços Ocupados”. Além disso, a professora acha importante que os alunos exponham seus trabalhos:
“É um incentivo a mais para o estudante concluir seus trabalhos, porque eu também senti essa carência, uma vez que não tinha nenhum objetivo final para além do experimento prático. Para o artista é importante que seu trabalho seja visto”.
Marina, que já foi carnavalesca e, atualmente, é escultora de carnaval, comenta sobre a proposta apresentada aos estudantes. A sugestão dada a eles foi a de utilizar técnicas de manuseio do isopor para a realização dos trabalhos desenvolvidos no período que resultaram nas composições das peças da exposição.
“Eu trouxe as técnicas do carnaval para os alunos. Trabalho com o carnaval há 20 anos. Aquilo que passa na avenida, embaixo dos espelhos, embaixo de tudo. Todo o adereço é isso, é isopor. E ninguém acredita!”, comenta em tom de brincadeira. “Eles aprenderam as técnicas de corte e também as que são utilizadas em cima do isopor, por exemplo, aplicação de massa, de acrílica, de fibra… e ainda a aplicar todo um revestimento sobre para que ele (o trabalho) possa se manter em pé, possa ser tocado e exposto ao tempo”.
Marina Vergara já estuda a ampliação do projeto para o próximo ano. Ela quer contar com um número maior de estudantes e até com artistas externos à universidade, além de ocupar a área externa do prédio.
“Eu quero isso para que as pessoas possam identificar de longe que aqui é o prédio de Belas Artes”, comenta.
Cantamissa Bonato, aluna de Belas Artes, tem quatro obras na exposição: uma gravura, duas aguadas de nanquim e um conjunto de peças de cerâmica que ainda não foram queimadas. Para ela, o projeto é importante já que dá visibilidade à sua própria arte:
“Para mim é importante ter essa experiência de exposição, acho que isso aumenta a autoestima do artista. E ainda a questão visibilidade das Belas Artes para a universidade como um todo e para o próprio curso. Às vezes, o aluno produz algo no ateliê de escultura, o outro no ateliê de pintura e acabamos não vendo o trabalho um do outro. Então é uma forma de expor o nosso trabalho para o curso, alunos e professores, e também para as pessoas de fora”.
Por fim, a estudante reforça o convite para que a Comunidade Acadêmica possa prestigiar o evento:
“Eu espero que as pessoas venham para a exposição. A galera está sempre circulando por aqui pelo PAT, pelo IZ e IT, e por que não parar aqui para ver o que a gente vem fazendo?!”.
Por Kleber Costa e Camile Cortezini – Assessoria de Comunicação da Prograd