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Curso da Escola Popular de Artes discute caminhos possíveis para uma vida feliz
Os debates serão inspirados na tese de doutorado do coordenador do projeto. Além dessa atividade, são ofertados mais 10 oficinas, workshops e cursos temáticos abertos ao público interno e externo da Universidade Rural.
A Escola Popular de Artes (EPA) da Universidade Rural deu início a mais um ciclo de atividades on-line. Ao todo, são 11 oficinas, workshops e cursos temáticos que envolvem desenho, dança, literatura, música, filosofia, horta e redes sociais. Todas as atividades são gratuitas, abertas ao público e certificadas pela Pró-Reitoria de Extensão (Proext) de acordo com a carga horária de cada uma. O período de duração das aulas é de quatro a seis semanas, com um encontro por semana.
É possível ser feliz?
No curso “Como ser feliz? Diálogos filosóficos”, o pedagogo e coordenador da EPA, Nikolas Bigler, propõe aos participantes uma investigação do fenômeno da felicidade através de estudos e diálogos sobre as obras de pensadores consagrados no tema como, por exemplo, Aristóteles, Confúcio, Epicuro e Buda. A ideia é buscar compreender junto aos participantes o que de fato pode ser considerado uma existência feliz e quais são os caminhos possíveis para alcançá-la, segundo a filosofia.
A atividade foi inspirada na tese de doutorado de Nikolas no Programa de Pós-graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc), que investiga o adoecimento e a medicalização na formação inicial de professores.
“Ao longo de minhas experiências profissionais e discentes, percebi que há um quantitativo elevado de alunos da UFRRJ com quadros alarmantes de ansiedade e depressão. Visto que o prazer é um elemento essencial no processo de aprendizagem/educação, a minha reflexão foi: como é possível ministrar uma aula de qualidade quando a turma manifesta um quadro de ansiedade? A partir daí comecei a investigar como chegamos a esse ponto e também as possibilidades de ação”, conta o pedagogo, que estuda questões relacionadas ao adoecimento discente há dois anos.
Em meio aos seus estudos, o doutorando se aprofundou sobre o fenômeno da felicidade através de teorias orientais e ocidentais clássicas. De acordo com o coordenador da EPA, é fundamental que temas como esse sejam discutidos com seriedade no ambiente acadêmico para evitar que fenômenos como a felicidade sejam relacionados a livros de autoajuda.
“A filosofia não trabalha com uma resposta simples, nem rápida, quiçá alguma garantia, visto que há uma dinâmica na vida e universo. Acho que isso é o que difere a atividade que irei ministrar de um livro de autoajuda ou algo do gênero. O que proponho é um estudo do fenômeno de modo a abarcar a complexidade do assunto, compreendendo em qual contexto algo foi dito, a quem se dirigia, qual é a lógica que permeia a fala daquele pensador. Sem esses elementos presentes, a discussão fica vazia. […] A reflexão que espero despertar [nos participantes], e que também é a minha tese principal de estudo é: o cuidado é necessário”, afirma.
As atividades
Sediada no câmpus Nova Iguaçu (IM/UFRRJ), a EPA é um projeto de extensão que, desde a sua criação em 2019, tem como objetivo promover o acesso a atividades artísticas e culturais entre os públicos interno e externo da UFRRJ, buscando, assim, instruir e proporcionar experiências estéticas aos interessados. As atividades – ofertadas virtualmente em razão da pandemia do coronavírus – são ministradas pela equipe da EPA, que é formada por bolsistas da comunidade interna e externa da Universidade Rural.
As inscrições são feitas através do perfil da EPA no instagram. O número de vagas é limitado e varia de acordo com cada atividade.
Workshop de dança: Samba para iniciantes – Inscrições encerradas;
Workshop: Fundamentos do Instagram – início em 8 de janeiro, às 16h, atividade via Instagram, livre para todas as idades;
Horta em Pequenos Espaços – início em 18 de janeiro, às 14h30, atividade via Instagram, livre para todas as idades;
Visitando o Brasil através das páginas: Perspectivas da Literatura Brasileira – início em 19 de janeiro, às 14h30, atividade via Google Meet, faixa etária a partir de 18 anos;
Desenho criativo com aquarela – início em 20 de janeiro, às 16h, atividade via Youtube, livre para todas as idades;
Literatura Sertões: O Nordeste em prosa e verso – início em 21 de janeiro, às 15h, atividade via Google Meet, faixa etária a partir de 17 anos;
Workshop de dança: Street Dance – início em 22 de janeiro, às 15h, atividade via Youtube, livre para todas as idades;
Literatura e história da Estética Árcade luso-brasileira – início em 22 de janeiro, às 15h, atividade via Google Meet, faixa etária a partir de 18 anos;
Oficina de Jazz – início em 23 de janeiro, às 10h, atividade via Zoom, faixa etária a partir de 10 anos;
Como ser feliz? Diálogos filosóficos – início em 23 de janeiro, às 16h, atividade via Google Meet, faixa etária a partir de 18 anos;
Introdução à Teoria Musical – início em 25 de janeiro, às 17h, atividade via Google Meet, faixa etária a partir de 14 anos;
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Por João Gabriel Castro, estagiário de jornalismo da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/UFRRJ).
Imagem em destaque: Pixabay
Postado em 21/01/2021 - 16:07 -
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