O setor de Cunicultura da UFRRJ realizou hoje, dia 21 de dezembro, o 1º Dia de Degustação de Carne de Coelho. Na ocasião, alunos da disciplina Cunicultura, do curso de Zootecnia, prepararam pratos com receitas especiais utilizando a carne de coelhos que são criados no setor. A professora Thérèsse Holmström explica que a turma foi dividida em quatro grupos, cada um organizou um seminário, e um desses grupos aceitou o desafio de preparar as iguarias. Para esse primeiro evento foram chamados 30 convidados, entre alunos, servidores técnicos e docentes.
“Na disciplina Cunicultura eu pontuo muito bem com os alunos que nós temos cinco objetivos: temos o coelho de pet, o coelho de carne, o coelho para pele/têxtil, os animais de laboratório e os animais de reprodução. O foco do setor acaba sendo o pet, por termos a raça dos mini lions, e a carne, porque temos o Nova Zelândia branco. A carne que será degustada hoje aqui é do Nova Zelândia branco”, explica a professora.
Thérèsse acrescenta que, em termos comparativos, a carne de coelho assemelha-se com a carne de frango. “É uma carne branca também, mas um pouquinho mais seca por ter menos gordura. Então quando fazemos comparativos nutricionais, a carne de coelho tem menos colesterol e menos gordura do que todas as outras carnes. É uma carne mais saudável, ideal para pessoas com problemas coronários, que não podem ingerir excesso de colesterol ou gordura ruim, ela tem maiores níveis de proteína, para criança também é uma carne mais saudável”, complementou Thérèsse.
Marcio de Oliveira Leal Jr. é aluno de Zootecnia do 12º período, e foi um dos responsáveis por preparar os pratos que foram servidos. “Preparamos cinco pratos: patê de abacaxi, sanduíche com carne de coelho desfiado, vamos preparar agora um coelho assado na churrasqueira, preparamos outro assado no forno e vamos fazer uma farofa de miúdos com as vísceras do coelho. Então aproveitamos quase todo o coelho. Queremos mostrar que tem como utilizar a carne de coelho no dia a dia, e não só em um prato sofisticado em um restaurante caro. Tanto é que vamos oferecer pizza hoje. Queremos trazer essa carne para a culinária de segunda e terça-feira, e não só nos fins de semana”, explicou o discente.
Tiago de Souza Vieira, também aluno de Zootecnia do 15º período, explicou que o objetivo era trazer a carne de coelho como um ingrediente da gastronomia rotineira. “Muito se fala da carne de coelho na Europa, da alta gastronomia, como é na França e Espanha, de onde vêm os pratos de carne de coelho que são referência. Mas hoje estamos tentando trazer um pouco dessa alta gastronomia para a nossa rotina diária”, acrescentou.
A intenção da professora Thérèsse Holmström é difundir e desmistificar a cultura do consumo da carne de coelho, cuja criação para o pequeno produtor rural é menos custosa e pode gerar bons retornos financeiros.
Por Fernanda Barbosa, jornalista CCS/UFRRJ