Engenheira agrícola e ambiental, com mestrado e doutorado em Engenharia Agrícola, Juliana é apaixonada pela área de Energia na Agricultura.
É professora do Departamento de Engenharia do Instituto de Tecnologia (IT/UFRRJ) há 14 anos. Também leciona no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental da UFRRJ e no Programa de Pós-Graduação em Agroenergia Digital da Universidade Federal de Tocantins (UFT).
Mãe de Joana, 10 anos, a cientista conta que a gestação e os primeiros meses como mãe solo foram desafiadores, mas que a maternidade lhe trouxe aprendizados inestimáveis.
“Se Joana não estivesse em minha vida, talvez eu tivesse inúmeras publicações em revistas de alto impacto, viajado pelo mundo e acumulado mais recursos financeiros. No entanto, minha vida certamente seria vazia. A cada dia, tanto minha filha quanto meus alunos me ensinam a ser uma pessoa melhor, a corrigir meus erros e a compreender que cada ser humano que cruza nosso caminho tem um propósito. Desejo que Joana compreenda a importância do estudo e da ciência no mundo e valorize cada esforço que faço, sabendo que sempre estarei ao seu lado para apoiá-la”.
Seu projeto de pesquisa tem o título “Integração de Saneamento, Energia e Produção de Alimentos: Uma Proposta de Economia Circular com Biodigestor anaeróbio e Hidroponia”.
O projeto surge como uma necessidade urgente para instituições de ensino, bem como para propriedades rurais e setores produtivos, visando a adoção de medidas sustentáveis. O foco está na preservação ambiental, na circularidade da cadeia produtiva, na redução da dependência energética e na produção de alimentos sustentáveis.
“Entre os principais impactos esperados para o Estado do Rio de Janeiro e para o Brasil, destaca-se o desenvolvimento tecnológico para a gestão sustentável de resíduos e produção de alimentos dentro dos princípios da economia circular. Além disso, a pesquisa busca explorar diferentes resíduos com potencial energético, mas atualmente considerados passivos ambientais, convertendo-os de forma eficiente em biogás para produção de energia elétrica e térmica. Isso pode contribuir significativamente para a ampliação da eficiência energética em sistemas descentralizados de geração de energia”.
A pesquisa está sendo desenvolvida no LabGERAR – Laboratórios de Pesquisa Multiusuários do Grupo de Energias Renováveis e Alternativas Rurais da UFRRJ.
Este texto integra a Série Cientistas Mães que, na primeira semana de maio de 2025, apresentará as oito docentes da UFRRJ selecionadas no edital de apoio às cientistas mães da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), em parceria com o Instituto Serrapilheira e o Movimento Parent in Science.
Edição: Michelle Carneiro, jornalista da CCS/UFRRJ.