Na semana em que o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, criticou a matrícula de crianças com deficiência em turmas comuns do ensino regular, faz-se necessário amplificar os resultados de pesquisas científicas desenvolvidas nas Instituições de Ensino Superior sobre educação inclusiva.
Para Márcia Denise Pletsch, docente da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a educação inclusiva implica não apenas a garantia de acesso à educação, mas também o compromisso com o pleno desenvolvimento dos sujeitos, o respeito à pluralidade cognitiva e a valorização da convivência com a diversidade cultural.
Em artigo recém-publicado na Revista Brasileira de Educação, Pletsch e João Márcio Pereira Mendes, pró-reitor adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRRJ, apresentam os resultados de uma análise da agenda educacional do Banco Mundial para pessoas com deficiência, relacionando-a às diretrizes gerais de reforma educacional e ao programa político da instituição.
Além de avaliar em que medida o Relatório Mundial sobre a Deficiência converge com o programa político mais geral do Banco Mundial, os cientistas da Rural questionam as recomendações do documento à luz da experiência brasileira no que diz respeito à institucionalização de direitos sociais e educacionais das pessoas com deficiência.
O texto explicita que, no caso brasileiro, as políticas de educação inclusiva, especialmente aquelas implantadas a partir de 2008, ampliaram de maneira inédita e considerável o acesso das pessoas com deficiência ao sistema educacional público de ensino, o que beneficiou a aprendizagem e o desenvolvimento da maioria dessa população. “O processo acelerado e significativo de inclusão dessa população em classes comuns de ensino na educação pública talvez não tenha paralelo na realidade internacional, chegando até mesmo ao ensino superior mediante reserva de vagas, o que é um diferencial da experiência brasileira”, afirmam os pesquisadores.
Para ler na íntegra o artigo A agenda educacional do Banco Mundial para pessoas com deficiência e o caso brasileiro, clique aqui.
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Mais informações sobre o tema podem ser obtidas junto ao Observatório de Educação Especial e Inclusão Educacional (ObEE), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc) e ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Humanidades Digitais (PPGIHD) da UFRRJ.
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